António Saraiva

Presidente da Confederação Empresarial de Portugal

António Saraiva

Como surfar a onda do progresso tecnológico 

A conferência organizada segunda-feira pela Porto Business School, em parceria com a CIP, foi uma excelente oportunidade para discutir numa perspetiva muito alargada o Futuro do Crescimento. Reuniu um leque diversificado de personalidades para, em conjunto, refletir sobre a interação entre pessoas, tecnologia e economia como determinante não só para o crescimento a que aspiramos, mas também noutros aspetos fundamentais, como o grande desafio de uma transformação do trabalho que não deixe ninguém para trás.
Como evitar o fosso entre as pessoas e uma tecnologia que evolui a uma velocidade exponencial? As respostas partiram da alegoria com o surfista que, deparando-se com uma onda que não controla, pode ignorá-la, sendo inevitavelmente submerso, ou aproveitá-la para chegar a um destino mais distante.

António Saraiva

Um ano de incertezas e desafios  

Entramos em 2023 com um misto de esperança e ansiedade.
Esperança que vem dos primeiros sinais, ainda tímidos, de que a inflação começa a ceder. Esperança que vem, também, das perspetivas mais recentes de que a economia poderá escapar ao pior cenário, que apontava para uma recessão.
Ansiedade, porque enormes incertezas ainda ensombram o nosso futuro coletivo. Ansiedade, também, porque depois de dois choques consecutivos, 2023 será um ano em que a capacidade de resistência das empresas continuará a ser posta duramente à prova.

António Saraiva

Um mecanismo coxo    

O Parlamento Europeu e o Conselho chegaram a um acordo político com vista a um Mecanismo de Ajustamento das Emissões de Carbono nas Fronteiras (CBAM, na sigla inglesa). Este mecanismo vai impor custos de emissões de CO2 (através da compra de "certificados de carbono") aos importadores de um conjunto de bens intensivos em carbono, com o objetivo de proteger os produtores europeus face aos seus concorrentes de países terceiros. Estarão abrangidos (numa primeira fase) o cimento, ferro e aço, alumínio, fertilizantes, eletricidade e hidrogénio.

António Saraiva

Terá a Europa desistido de lutar contra a recessão?

Por inócuas que sejam, dada a suspensão das regras orçamentais em 2023, as apreciações da Comissão Europeia aos projetos orçamentais dos Estados-membros deixam-me apreensivo.
Espanta-me a similitude dessas apreciações. As conclusões finais são iguais, para cada um dos 10 Estados-membros que, de acordo com a Comissão, se afastam das suas recomendações. A exceção é Portugal - que "corre o risco de estar apenas parcialmente em conformidade" - enquanto os restantes nove "estão apenas parcialmente em conformidade".