

Jorge Fonseca de Almeida
Economista, MBA. Autor de livros e artigos sobre Capital Social, Marketing, Fraude e Corrupção, Compliance e Corporate Governance. Consultor de gestão.
Artigos publicados


Contradições
Nas últimas semanas a palavra "contradições" transformou-se na nova buzzword nacional, entrando no jargão político com honras de moda passageira mas irresistível.

Uma sucessão de oportunidades perdidas
A França, país que apostou durante muito tempo na energia nuclear, parece agora focada na produção de baterias elétricas para os automóveis. Para o Hauts-de France, região em torno da cidade de Lille no Norte do França, estão previstas várias gigafábricas.

Sem alternativa?
O país vai empobrecendo alegremente, os nossos concorrentes vão-nos ultrapassando e até a Roménia, que continua um país pobre, já está à nossa frente. Os portugueses mais capazes e mais industriosos continuam a emigrar. E que faz o Governo e a oposição? Interrogam-se sobre a forma de ultrapassar este declínio? Discutem acaloradamente estratégias de inversão desta lenta derrapagem para o fundo? Apresentam soluções que entusiasmem os portugueses e infundam esperança nos jovens?

Empobrecimento e ganânciaflação
Por toda a Europa se ouve o mesmo argumento: aceitem ser mais pobres. E no entanto, a verdade, é que apenas os grupos que aceitarem ser mais pobres se tornarão efetivamente mais pobres.

Liberalizar ou Proteger: eis a Questão
No que respeita ao comércio internacional, as nações seguem ciclos de fechamento e abertura, fechando os seus mercados, protegendo-os, quando precisam de reganhar competitividade e de abertura quando já são suficientemente fortes para vencer nos mercados internacionais. A liberalização não é, pois, um princípio escrito na pedra, mas uma ferramenta da política económica a usar quando as condições são favoráveis. Naturalmente as grandes potências quando têm interesse na abertura de fronteiras procuram impô-la aos países que nisso não vêm vantagem.

Macron e a França
Macron parece um presidente perdido, sem rumo, sem estratégia nacional ou internacional. No plano interno teima em levar adiante uma gravosa alteração da idade de reforma esmagadoramente rejeitada pela sociedade francesa, incluindo pelo seu próprio eleitorado. No plano internacional não percebeu que, após o início da guerra pela Ucrânia entre os americanos e os russos, a França e a União Europeia perderam toda a liberdade estratégica e se tornaram meros satélites sem voz dos Estados Unidos.

Sines, o gás e o grande falhanço do Governo PS
Durante anos fez parte da grande estratégia de desenvolvimento portuguesa, repetida por sucessivos governos da direita ao PS, a transformação do porto de Sines no grande ponto de entrada de gás natural dos Estados Unidos para a União Europeia. Sustentava essa tese a localização tida pelos governantes como estratégica do nosso porto atlântico de águas profundas.

Parar a Inteligência Artificial
Um grupo de especialistas e investidores no campo da Inteligência Artificial tem vindo a pedir uma paragem no desenvolvimento destes programas informáticos baseados em algoritmos para que a Humanidade possa discutir e decidir sobre a forma de regular esta tecnologia.

A ala Racista do PCP, as Mulheres e os Ciganos
O Partido Comunista tem fama de ser monolítico, de, graças a um corpo de funcionários bem treinados ideologicamente, seguir apenas uma estratégia, de ter uma ação afinada como um relógio suíço. A verdade está longe de refletir esse mito.

Taxa de juro e crise na banca
O aumento das taxas de juro, e hoje as taxas diretoras voltaram a subir 0,5%, permite aos bancos comerciais alargar a sua margem financeira e aumentar significativamente os seus lucros. Em Portugal vimos o Novo Banco triplicar os seus lucros e ultrapassar a marca dos 500 milhões de euros. Os restantes bancos também viram crescer os seus benefícios.

Pacote habitação: Proteger os bancos e os fundos, mantendo os preços altos
Do pacote apresentado pelo Governo sobre a Habitação, um grave problema nacional, apenas uma medida pode verdadeiramente ajudar a melhorar a situação: a construção de novos edifícios, alargando o parque público.

Direito de Propriedade, Habitação e Obras Literárias
Uma onda de indignação vinda da banda liberal ergueu-se com a proposta de introduzir em Portugal alguma legislação sobre casas devolutas semelhante à que existe no país mais liberal da Europa: a Holanda. Bradam os liberais que o aluguer compulsivo põe em causa o sacrossanto direito de propriedade. Temem o Comunismo.

Portugal e a nova economia do Espaço
Ao contrário do que advogam os liberais muitas indústrias são criadas e desenvolvidas com o investimento público e só quando atingem um certo ponto de maturação passam os privados a desempenhar um papel central. A Nova Economia do Espaço é um bom exemplo. Durante mais de meio século a pesquisa espacial foi desenvolvida por agências estatais nos Estados Unidos e Rússia a que se somaram mais tarde a Europa, a China e a Índia.

A economia a crescer, as famílias a empobrecer
Portugal, tal como grande parte do chamado mundo ocidental, enfrenta hoje o paradoxo de ter uma economia a crescer, embora ligeiramente, mas, em simultâneo, ter a maioria da sua população a empobrecer de forma muito significativa. Este é o resultado assimétrico quer da inflação quer das medidas de combate à inflação adotadas.

A grande austeridade
As palavras pesam. Algumas estão carregadas de significado político. Positivo para uns, negativo para outros.

A IRA americana
Não, não se trata de uma versão requentada do grupo nacionalista irlandês que semeou o terror na Irlanda do Norte até que o Acordo de Sexta-feira Santa pôs fim a esses anos turbulentos.

O peso insuportável das associações patronais
Uma das causas principais do atraso português encontra-se na atitude conservadora da nossa classe empresarial, na sua dificuldade em investir, na sua incapacidade de criar empresas independentes, grandes e sustentáveis, na sua apropriação completa do controlo das políticas públicas, na sua total dependência dos fundos públicos europeus.

O peso insuportável das associações patronais
Uma das causas principais do atraso português encontra-se na atitude conservadora da nossa classe empresarial, na sua dificuldade em investir, na sua incapacidade de criar empresas independentes, grandes e sustentáveis, na sua apropriação completa do controlo das políticas públicas, na sua total dependência dos fundos públicos europeus.
