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A Bitcoin disparou para um novo máximo de sempre, esta quarta-feira, superando a barreira dos 35.000 dólares (cerca de 28.400 euros), depois de ter afundado no início desta semana.
A maior criptomoeda do mundo atingiu os 35.868 dólares. A Bitcoin quadruplicou o seu valor em 2020. Na segunda-feira, desceu 17%, registando a maior queda desde meados de março último.
"O facto de assistirmos ao preço tão mais estável deste cripto-ativo em comparação com a altura de 2017-2018 onde surgiram fortes correções após a Bitcoin ter atingido novos máximos históricos, acaba por refletir a confiança que os investidores têm no ativo", afirmou Henrique Tomé, analista da corretora XTB.
"Ora um dos fatores que tem vindo a manter o preço em alta é o facto de grande parte dos investidores terem optado por manter as suas posições no mercado em vez de as liquidarem, aliviando assim a pressão vendedora", adiantou.
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Analistas têm apontado que a Bitcoin está a rivalizar com o ouro e a atrair investidores institucionais. Outros acreditam que a criptomoeda oferece uma proteção contra a fraqueza do dólar e o risco de inflação, numa altura em que os bancos centrais inundam o mundo com estímulos monetários e orçamentais.
"No entanto, deve-se notar que o domínio da Bitcoin no mercado dos cripto-ativos está a diminuir e esta diminuição está associada à recente procura por parte dos traders e investidores por outras criptomoedas (altcoins) que têm vindo a seguir fortes valorizações", frisou o mesmo analista.
O JPMorgan Chase prevê que a Bitcoin pode atingir os 146.000 dólares no longo prazo, à medida que concorre com o ouro.
A criptomoeda iniciou o ano de 2020 na casa dos 8.000 dólares e desceu abaixo dos 5.000 dólares em março. Desde então, a criptomoeda encetou uma tendência de subida e, no final de novembro, superou o seu máximo alcançado há três anos, acabando em seguida por ultrapassar o marco dos 20.000, pela primeira vez, no dia 16 de dezembro.
A ascenção da Bitcoin coincidiu com uma das maiores crises económicas de sempre, provocada pelas medidas adotadas pela maioria dos governos, no âmbito da epidemia do novo coronavírus.