A inovação no imobiliário que promete mudar Lisboa

Os 25 projetos-piloto finalistas do programa de inovação aberta Smart Open Lisboa apresentaram soluções para melhorar a gestão do imobiliário na capital. Concorreram 95 startups de Portugal e de outros 25 países.

Os sistemas de gestão dos espaços comerciais e de habitação em Lisboa estão cada vez mais inteligentes graças às novas soluções aplicadas ao setor imobiliário geradas na terceira edição do programa de inovação aberta Smart Open Lisboa (SOL).

Para as startups, o SOL, uma iniciativa da Câmara Municipal de Lisboa (CML) gerida pelo hub de inovação Beta-i, é uma forma de testarem no terreno e junto de potenciais clientes os seus produtos e serviços. E do lado das organizações parceiras, o que as leva a acolherem dentro de portas as startups e a apostarem em projetos-piloto? “Eficiência de custos, novos serviços, impacto social e novos negócios”, resume Gonçalo Faria, diretor dos programas de Inovação Aberta na Beta-i.

A inovação no imobiliário promete mudar Lisboa. As novas tecnologias permitem, à distância, localizar espaços dentro de um centro comercial ou até pessoas dentro das instalações de uma empresa. Através de plataformas de inteligência artificial, por exemplo, podemos avaliar o valor de um imóvel de forma automática.

Mas é na gestão dos recursos com vista à poupança que muitos projetos se focam, sendo possível fazer a manutenção preditiva de fugas de água ou ajudar as famílias da camada sénior a monitorizar consumos em habitações particulares.

A este programa, que tem como principal parceiro a CML, concorreram 95 startups provenientes de Portugal e de outros 25 países, como Alemanha, Itália, Reino Unido, Bulgária, Grécia, República Checa, Brasil, Suíça e Finlândia.

Do conjunto das concorrentes, 19 foram selecionadas para participarem no bootcamp. Depois foram escolhidas 14 startups que passaram a desenvolver projetos-piloto juntamente com as organizações parceiras. A última fase, a apresentação de resultados dos projetos-piloto desenvolvidos (demoday) aconteceu nesta semana no Museu da Água, em Lisboa.

Os 25 projetos-piloto que chegaram à fase final refletem as soluções que estão a ser encontradas: a startup Bead, juntamente com a Gebalis e com a Sonae Sierra; a Enerbrain com a Epal; a Proximi.io com o Santander, Sonae Sierra em parceria com a Axians e a TOMI; a Parquery com a Sonae Sierra; a Nudge Portugal com a Sonae Sierra e a Gebalis; a WearHealth com a CML e a Galp; a Meazon com a Gebalis em parceria com a NOS; a Howz com a Santa Casa da Misericórdia (SCML) em parceria com a Axians; a Onegrid com a Gebalis; a MClimate com a Epal e a Galp; a Buildtoo com a Epal, Gebalis, Sonae Sierra e CML; a Heptasense com a Gebalis e a Soane Sierra; a Alfredo AI com a Mota-Engil e o Santander; e, por fim, a Mycroft Mind com a Epal.

São várias as organizações parceiras que têm planos para acolher mais do que um projeto, como é o caso da CML, Sonae Sierra, Epal, Gebalis, Galp, Axians e Santander. E várias startups com mais do que uma aliança firmada com grandes organizações do setor imobiliário nacional.

Destaque para as parcerias entre os próprios parceiros, como foi o caso da Sonae Sierra que se juntou à Axians para acolher a Proximi.io, uma startup finlandesa que possui uma ferramenta que permite localizar espaços e lojas dentro de centros comerciais.

A Gebalis e a NOS juntaram-se para acolher a Meazon, startup vinda da Grécia que desenvolveu uma plataforma de internet das coisas para digitalizar o gasto energético dos edifícios com vista à poupança. Já a SCML e a Axians celebraram um casamento para, em conjunto, ajudarem a trazer a solução da Howz, startup do Reino Unido que consegue medir o consumo elétrico quotidiano de eletrodomésticos, por exemplo, e alertar quando o padrão se altera. A solução é útil para as famílias de seniores que assim podem garantir à distância a segurança dos idosos que vivem sozinhos.

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