A antiga fábrica de chocolates Avianense, fundada em Viana do Castelo há quase um século, mas entretanto abandonada, vai ser transformada, em 2013, num hotel com 18 quartos e centro interpretativo dedicado ao chocolate.
O anúncio foi feito hoje pelo presidente da Câmara de Viana do Castelo, José Maria Costa, confirmando a intenção dos promotores em avançar com a obra já em 2013.
“Foi essa a garantia que nos transmitiram. Inclusive já garantiram apoio de fundos comunitários na área do Turismo”, explicou o autarca à agência Lusa.
O processo de licenciamento do empreendimento deu entrada nos serviços da autarquia a 17 de abril de 2012 e também já foi aprovado.
O objetivo dos promotores consiste na instalação, na antiga fábrica, de uma unidade hoteleira, com restaurante e um Centro Interpretativo do Chocolate, através de um investimento de um milhão de euros.
Segundo a autarquia, o conceito da proposta apresentada pelos promotores – que já adquiriram o edifício – assenta num “hotel temático do chocolate”.
“Será também uma obra muito importante para a reabilitação daquela zona da cidade e insere-se no projeto de regeneração urbana que temos em curso”, sublinhou José Maria Costa.
Além do alojamento, com 18 quartos, o empreendimento vai conservar a histórica fachada do edifício principal e terá ainda uma área de restauração com capacidade para 50 pessoas.
Fundada em 1914, a fábrica de chocolates Avianense foi declarada falida, pelo Tribunal de Viana do Castelo, a 24 de setembro de 2004, lançando para o desemprego 48 trabalhadores.
Em causa estavam dívidas avaliadas em 2,155 milhões de euros e só o Estado era o maior credor da fábrica, reclamando uma dívida de 1,142 milhões de euros respeitantes ao IRS, IVA e à Segurança Social.
A marca Avianense, bem como os equipamentos e a frota da empresa, foram arrematados, por cerca de 150 mil euros, por um empresário que em agosto de 2005 retomou o fabrico dos chocolates em Durrães, Barcelos, aproveitando as instalações de uma fábrica de confeções, também sua propriedade.
O “Imperador”, um bombom feito com uma amêndoa torrada nacional e chocolate de leite, é o grande “Ex Libris” da marca e o produto mais vendido.
A reconversão da antiga fábrica de chocolates em unidade hoteleira é uma solução apoiada pela autarquia e, garante José Maria Costa, representa o “culminar de uma vontade do executivo quanto à refuncionalização” daquela antiga unidade, além de servir o propósito de revitalização do centro histórico.
“Contribuindo para a preservação da memória histórica, comercial e industrial da cidade”, admitiu.
A instalação deste hotel vai ainda beneficiar do regime de isenção de algumas taxas municipais, aprovado pela autarquia para investimentos turísticos no concelho.