Os trabalhadores de escritório em Portugal sofrem de “frustração vocacional”, revela um estudo divulgado esta segunda-feira pela Staples.
“A maioria das pessoas passa mais horas no trabalho do que em casa, pelo que o local de trabalho é mesmo importante para a saúde, o bem-estar e o desempenho dos trabalhadores”, refere Sir Cary Cooper, especialista em Psicologia Organizacional da Alliance Manchester Business School, citado em comunicado.
E, realça: “A forma como as pessoas são geridas (por elogios e reconhecimento em vez de atribuição de culpas), uma carga de trabalho razoável e trabalho flexível, se necessário, bem como um local de trabalho de boa qualidade, são fatores fundamentais para atingir satisfação no emprego”.
A maioria (92%) dos inquiridos sente-se “frustrado” em relação ao seu local de trabalho e 22% acaba por considerar uma mudança de emprego através do Linkedin, a maior rede social profissional.
Mas mudar de emprego para um local de trabalho diferente nem sempre é a solução. Estima-se que indivíduos entre os 18 e os 48 anos tenham 11,7 empregos, com 23% a ficar “frustrado” logo nos primeiros seis meses.
Para os inquiridos, há uma ligação importante entre o local de trabalho físico e as pessoas que o usam. As condições de trabalho e as pessoas encorajam a retenção de 87% dos trabalhadores. A maioria procura realização (91%) no trabalho, seguida da qualidade do local (87%).
João Paulo Peixoto, diretor geral da Staples Portugal, não tem dúvidas de que “conseguir o local de trabalho ideal – seja com os equipamentos adequados, com um layout funcional ou com os materiais de escritório certos – pode ajudar muito a reduzir as reclamações no escritório, no dia-a-dia”. “Cuidar do local de trabalho é um bom ponto de partida. Deixar os equipamentos ficarem antigos, frustrantes de usar ou abandonados, é natural que passado um tempo os trabalhadores queiram uma mudança”, acrescenta.