Ainda assim, o retorno médio do investimento na indústria está a crescer, situando-se este ano nos 5,4%, acima dos 1,4% de 2008 mas ainda longe dos valores de 7% a 8% esperados pelos investidores.
"Podem parecer números impressionantes,mas se fizermos as contas vemos que isto representa apenas cerca de 2,4% de margem ou menos de 6 dólares por passageiro", sublinhou esta manhã Tony Tyler.
O diretor geral da associação das companhias aéreas considera que há ainda um número de fatores que impedem melhores resultados, incluindo a fragmentação do espaço aéreo e as crescentes taxas aeroportuárias - "e o nosso dinheiro vem dos passageiros", afirmou, criticando o posicionamento das infraestruturas que continuam a querer obter ganhos a todo o custo.
Quanto ao espaço aéreo, na Europa, por exemplo, " Bruxelas está a fazer esforços consideráveis para criar um espaço aéreo único, mas os países continuam mais preocupados em garantir as suas fontes de receita", afirmou o responsável.
Subscrever newsletter
Subscreva a nossa newsletter e tenha as notícias no seu e-mail todos os dias
Segurança é preocupação maior
Numa indústria que emprega 58 milhões de pessoas e transporta anualmente 3,3 mil milhões de passageiros e 52 milhões de toneladas de carga em 50 mil rotas com 100 mil voos diários, a segurança continua a destacar-se como uma das maiores preocupações. O desaparecimento do voo da Malaysia Airlines foi o gatilho para pôr em prática um conjunto de recomendações e medidas quem IATA e a IOSA (braço de segurança da organização) vinham desenvolvendo.
Nomeadamente através de uma solução que permita localizar um avião onde quer que ele esteja. "Não temos como garantir que um horrível acidente como este volte a acontecer, mas temos obrigação de prevenir uma situação em que uma aeronave simplesmente desapareça", disse Tony Tyler.
Esta não é ainda assim, a única preocupação ao nível da segurança. "Temos de começar a levar a sério a ameaça dos ciberataques. Podem ser brincadeiras de hackers mas também ataques mais sérios e não podem nunca ser encaradosde ânimo leve. Precisamos de prevenir-nos contra este tipo de coisas", afirmou Tony Tyler, garantindo que a IATA está a desenvolver os esforços necessários nesse sentido.
*Em Doha