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Os bancos portugueses vão precisar de se financiarem no mercado internacional, nos próximos meses, precisando, pelo menos, de 500 milhões de euros. A notícia é avançada pelo Expresso, que assume que a estimativa é conservadora.
Em causa está a necessidade de refinanciar dívida que está prestes a atingir a maturidade ou de cumprir requisitos mínimos de fundos próprios e passivos elegíveis (MREL) exigidos pelos reguladores europeus. O MREL tem metas para cumprir em 2024, mas também objetivos intermédios já em 2022, medidos em função dos fundos próprios e dos instrumentos de dívida face aos ativos ponderados pelo risco.
A Caixa Geral de Depósitos precisa de dois mil milhões de euros até ao fim de 2023, indica o Expresso. "A CGD está a implementar o seu plano de financiamento para cumprimento dos requisitos de MREL, sendo possível a realização de uma emissão em 2021", refere a instituição ao jornal, sem indicar o montante para este ano. Mas o presidente executivo da CGD já assumiu que pretende aproveitar essa emissão para reembolsar no próximo ano o empréstimo obrigacionista de 2017, no âmbito do plano de reestruturação do banco. Conclui o Expresso que a CGD precisará, pelo menos, de 250 milhões a curto prazo.
Também o Crédito Agrícola terá de ir ao mercado. "Encontra-se agendada uma reunião extraordinária da assembleia-geral da Caixa Central para o dia 14 de setembro para deliberar sobre a emissão obrigacionista no valor até 500 milhões", confirma a instituição.
BCP e Novo Banco já realizaram emissões de dívida este ano, mas não esclareceram se os montantes serão suficientes para cumprir as metas de MREL.
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