BCE: Há alguma "exposição" da zona euro ao Credit Suisse, mas nada de especial

"Exposição de bancos da zona euro ao Credit Suisse é bastante limitada e não há concentração de risco em qualquer banco específico", garantiu Luis de Guindos, o vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE).

"A exposição dos bancos da zona euro ao Credit Suisse é bastante limitada e não há concentração de risco em qualquer banco específico", garantiu Luis de Guindos, o vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), numa conferência de imprensa, esta quinta-feira, em Frankfurt.

"Se olharmos para a indústria [sector bancário] como um todo, é resiliente", enfatizou o alto responsável do BCE.

"Os bancos da zona euro têm rácios de capital elevados, almofadas [buffers] de liquidez robustas e a sua exposição ao Credit Suisse é muito limitada",

"O setor bancário europeu é resiliente", acrescentou o ex-governante espanhol.

Poucas horas antes de proferir estas palavras na conferência de imprensa sobre taxas de juro, em Frankfurt, a Bloomberg avançou que Luis de Guindos terá dito a ministros das Finanças europeus de que "alguns bancos europeus estariam vulneráveis à subida das taxas de juro". Não foram referidos nomes. Guindos não confirmou, nem desmentiu esta informação.

Na conferência após a decisão de continuar a subir taxas de juro de forma musculada (mais 0,5 pontos percentuais), Guindos só teceu elogios à banca da zona euro.

Tirando "alguma exposição não concentrada" decorrente do caso Credit Suisse, que aparentemente se está a resolver pelo melhor, o vice-presidente do BCE destacou que os bancos da zona euro estão bem equipados contra eventuais crises.

"As almofadas [buffers de capital e liquidez] têm uma qualidade elevada" e os ativos detidos pelos bancos "também são de alta qualidade", referiu o antigo ministro das Finanças espanhol.

Aos jornalistas, Luis de Guindos disse ainda que "o aumento dos lucros dos bancos apoiado no aumento das taxas de juro mais do que compensa quaisquer perdas que possam sofrer nas suas participações em títulos do Estado", na sequência do aumento das taxas de juro da dívida pública que está em curso (e que, em simultâneo, se traduz diretamente na diminuição do valor (preço) das obrigações).

Boa banca, mas Lagarde diz que ajuda, se for preciso

Christine Lagarde, a presidente do BCE, secundou o seu colega espanhol, dizendo que, mesmo com uma banca europeia tão boa e forte, o BCE "está a acompanhar de perto as atuais tensões no mercado e pronto a responder conforme necessário, no sentido de preservar a estabilidade de preços e a estabilidade financeira na área do euro".

"O setor bancário da zona euro é resiliente, apresentando posições de capital e liquidez fortes", mas "em todo o caso, o nosso conjunto de instrumentos de política monetária permite inteiramente proporcionar apoio em termos de liquidez ao sistema financeiro da área do euro, se necessário, e preservar a transmissão regular da política monetária".

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