O presidente da instituição sedeada em Frankfurt disse que “as medidas do BCE conseguiram travar, desde julho, o declínio nas expectativas da inflação da zona euro” para os próximos três a quatro meses e que isso explica parte do grande solavanco que se espera para a inflação do ano que vem.
Draghi explicou que o petróleo continua a ditar o andamento destas previsões. Se este ano os preços da matéria prima vão manter a depressão nos preços, no próximo o Banco já espera uma retoma nos mercados petrolíferos, aparentemente.
Além disso, continuou o italiano, a revisão em alta da inflação esperada em 2016 “reflete o impacto favorável dos preços baixos do petróleo, a taxa de câmbio efetiva do euro mais fraca e o impacto das medidas recentes de política monetária do BCE”, enumerou Draghi.
Em 2017, dizem as novas projeções, a inflação da zona euro já estará “próxima, mas abaixo de 2%”, como diz o mandato do banco central, o que pode ser o BCE a sinalizar que daqui a dois anos, segundo os seus modelos, estará preparado para começar a retirar estímulos à economia e, até, para subir as taxas de juro.
Em todo o caso, o banqueiro continua a dizer que esta inflação é baixa e que “os níveis baixos do preço do petróleo continuam a suportar o rendimento disponível real das famílias e a rendibilidade das empresas”.