Compras com cartão subiram 25% no Natal

Os portugueses gastaram mais neste Natal e passagem de ano, face ao ano anterior. De acordo com o relatório da REDUNIQ, da Unicre, entre 1 de dezembro de 2022 e 2 de janeiro de 2023 a faturação com cartão dos negócios em Portugal cresceu 25%, em comparação ao período homólogo.

Analisando o cabaz das famílias neste período, os dados mostram que os consumidores gastaram, em média, 231 euros, mais 24 euros. Já em cada compra, a média do valor despendido passou de 34,7 euros para 35,2 euros, detalha a empresa em comunicado.

Dados que, segundo Tiago Oom, diretor comercial da Unicre e porta-voz do REDUNIQ Insights, "apesar de refletirem o aumento generalizado dos preços de um ano para o outro devido à crise inflacionária que vivemos", mostram que "houve também um aumento homologamente de dezembro de 2021 e dezembro de 2022 do número de transações em 23%".

As conclusões do relatório ajudam também a perceber "que os portugueses, mesmo perante o cenário inflacionista, mantiveram ou mesmo aumentaram, os seus hábitos de consumo", acrescenta. Só em 23 de dezembro, explica, "constatámos uma verdadeira corrida às compras de Natal, tendo-se registado um valor de faturação 71% acima da média dos restantes dias, entre 1 de dezembro de 2022 e 2 de janeiro de 2023".

Apesar de todos os setores terem apresentado performances positivas face ao ano passado, o setor hoteleiro foi o que registou o maior crescimento (53%), seguido pelos artigos de decoração (25%), supermercados (25%), perfumarias (25%), moda (23%), papelarias (18%), eletrodomésticos (14%) e brinquedos (7%).

Olhando para os números por áreas geográficas, as principais regiões do país a registaram valores de faturação superiores ao ano passado foram: a Madeira (+29%), Faro (+27%), Lisboa (+26%), Açores (+24%) e Porto (+21%). "Adicionalmente, e comparando apenas o período da passagem de ano (30 de dezembro de 2022 a 2 de janeiro de 2023), o aumento é ainda mais expressivo - Lisboa com mais 69%, Açores +51%, Faro +46%, Madeira +38% e Porto +33%", segundo o mesmo documento.