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O primeiro round das negociações depois do veto da Hungria e da Polónia não mudou nada na posição dos dois Estados Membros, a que se juntou também a Eslovénia. O Concelho Europeu mandatou a presidência rotativa alemã para continuar a negociar com Budapeste e Varsóvia.
"Foi feito um ponto de informação pela chancelar Merkel e depois a Hungria, Polónia e Eslovénia explicaram porque não podem dar o acordo", indicou o primeiro-ministro, António Costa, depois do fim do encontro que decorreu por videoconferência, acrescentando que "foi dado o mandato a Angela Merkel tendo em vista um acordo com esses Estados Membros", tendo sido lembrada "a questão da solidariedade".
De acordo com a agência Lusa, a discussão sobre o veto ao plano de relançamento económico da União Europeia foi curta e inconclusiva. A discussão durou menos de 20 minutos, com intervenções de apenas cinco líderes.
Na conferência de imprensa desta quinta-feira, o primeiro-ministro defendeu urgência destas verbas, sobretudo do Fundo de Recuperação (750 mil milhões) serem desbloqueadas. "É fundamental termos uma resposta europeia que permita a todos os Estados membros compensar os setores mais afetados", sublinhou.
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"Se já era urgente termos uma bazuca para respondermos à primeira vaga da pandemia, com esta segunda vaga essa urgência só aumentou. É fundamental que este impasse seja ultrapassado", frisou.
Numa alusão à necessidade de evitar que esta questão passe para a presidência portuguesa em janeiro próximo, António Costa disse que, "por todas as razões e mais algumas, Portugal deseja as maiores felicidades à presidência alemã para encerrar este assunto".
"Já temos uma carga de trabalhos importante para a presidência portuguesa, e o nosso objetivo é colocar em marcha o quadro que for agora aprovado. O calendário da senhora Merkel é o mais cedo possível. O tempo está a correr e a próxima reunião do Conselho Europeu será em dezembro", apontou.
Com Lusa