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A OCDE defendeu esta sexta-feira, na atualização das previsões económicas, mais aumentos das taxas de juro em muitas economias, incluindo na zona euro e nos EUA, e que as medidas de apoio se tornem focadas para os mais vulneráveis.
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Na atualização das previsões económicas intercalares divulgadas esta sexta-feira, cujo relatório se intitula "Recuperação frágil", a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) considera que "a política monetária precisa permanecer restritiva até que haja sinais claros de que as pressões na inflação subjacente sejam reduzidas de forma duradoura".
"Ainda são necessários mais aumentos nas taxas de juros em muitas economias, incluindo os Estados Unidos e a zona euro. Com a inflação 'core' a recuar lentamente, é provável que as taxas de juros continuem altas até meados de 2024", assinala.
Assim, prevê que as taxas de juro atinjam o pico entre 5,25%-5,5% nos Estados Unidos, 4,75% no Canadá e 4,25% na zona euro (taxa principal de refinanciamento) e no Reino Unido.
"O declínio projetado da inflação nos próximos dois anos pode permitir uma leve flexibilização da política monetária em algumas economias em 2024, principalmente naquelas em que o ciclo de aperto já está próximo de ser concluído", antecipa.
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A OCDE disse ainda que o apoio orçamental para mitigar o impacto dos altos preços dos alimentos e da energia precisa de se tornar mais focado nos mais vulneráveis, argumentando que um melhor direcionamento e uma redução "oportuna" dos apoios gerais "ajudariam a garantir a sustentabilidade orçamental, preservar os incentivos para reduzir o uso de energia e limitar a procura.
Defende ainda os esforços para reformas e o reforço da cooperação internacional para ajudar a superar a insegurança alimentar e energética.