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A nota semanal divulgada pela sociedade gestora de fundos de investimento Sixty Degrees sobre a economia portuguesa agrega informação divulgada sobre diferentes entidades ao longo dos últimos dias.
A weekly note dá conta de que, "nos últimos dias a mobilidade no comércio e no lazer sofreu um decréscimo notório, para cerca de - 56% dos níveis pré-pandemia e não muito longe dos -80% registados em abril do ano passado." Partindo de fontes como o Google Mobility Report, é indicado que a redução na mobilidade geral tem "sido severa e não difere muito da registada no segundo trimestre de 2020", período coincidente com o primeiro confinamento.
Em relação ao PIB, a nota aponta que o primeiro trimestre de 2021 "deverá registar uma queda no PIB, em virtude do confinamento geral, mas ainda esta não deverá assumir a dimensão do 2T20, quando o PIB doméstico recuou 13,9%, em cadeia, e 16,4% em termos homólogos". No geral, esta nota indica que "os primeiros indicadores disponíveis, para 2021, sinalizam uma queda de atividade mais modesta que no primeiro confinamento nacional."
O indicador de clima económico acentuou a tendência de queda em janeiro, regredindo 0,7% em termos homólogos, reflexo da deterioração do sentimento em todos os setores, em especial no retalho e nos serviços, setores mais afetados pelas novas regras de confinamento.
Já em relação aos indicadores de atividade, relativos ao mês de janeiro, foi registado um agravamento, nomeadamente nas despesas realizadas com cartões, que caíram 18,7% em termos homólogos e 7,8% face ao mês de dezembro.
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Esta nota semanal da Sixty Degrees aponta que "nos próximos trimestres, o PIB deverá encetar nova recuperação caso os avanços previstos no programa de vacinação a permitam revogar as atuais restrições à atividade". Para já, diz a Sixty Degrees, o programa de vacinação "está a avançar muito lentamente, a par do que sucede no resto da UE".
No cenário de a população mais vulnerável estar totalmente vacinada até ao final de abril, é apontado que "poderemos assistir ao o levantamento da maioria das restrições atualmente em vigor, durante os meses de maio/junho."

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