Há mais de 60 mil empregos que ninguém quer

No final do terceiro trimestre do ano passado havia 61 626 ofertas de trabalho que não geraram interesse junto dos desempregados, a maioria na Área Metropolitana de Lisboa. Banco de Portugal justifica com "incompatibilidade entre a procura e a oferta de emprego".

Dinheiro Vivo
Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) © Leonel de Castro / Global Imagens

O número de empregos vagos registados no Ministério do Trabalho tem vindo a aumentar nos últimos tempos. Ao todo, no final de setembro do ano passado, havia 61 626 ofertas de trabalho que não geraram interesse junto dos desempregados, mais 43,9% do que no período homólogo, segundo noticiou esta quinta-feira o Jornal de Notícias.

No que toca à distribuição geográfica destas vagas, a maioria concentram-se na Área Metropolitana de Lisboa (27 377), seguindo-se o Norte (18 117) e o Centro (9844). A região da capital é também a que tem a maior taxa de empregos vagos (3%).

Segundo a publicação, os grupos profissionais mais procurados pelos empregadores variam consoante a região. Enquanto em Lisboa, Algarve e Alentejo, o grupo profissional mais procurado é o dos "trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção e segurança e vendedores", no Norte, no Centro e nas ilhas da Madeira e Açores, procuram-se mais "trabalhadores qualificados da indústria, construção e artífices".

"No caso da construção, o recurso à mão de obra de outros países tem sido a forma mais imediata de solucionar a falta de trabalhadores disponíveis", destaca o jornal.

Os dados apresentados revelam ainda que existe mais dificuldade em preencher as vagas quando se trata de uma empresa maior. Nas microempresas, esta taxa é de 1,7%, nas pequenas e médias é de 2,1% e nas grandes sobe para 2,9%.

Perante uma taxa de desemprego baixa, o Banco de Portugal atribui este crescimento dos empregos vagos à "incompatibilidade entre a procura e a oferta de emprego".

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