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O preço das casas em Portugal aumentou, no ano passado, 9,7%. Foi mais um exercício pautado por uma subida acentuada no valor da habitação, um movimento a que não é alheia a falta de produto no mercado.
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Os imóveis para habitação atingiram no final do ano um valor médio de 2066 euros por metro quadrado, avança esta terça-feira o Doutor Finanças e a plataforma de inteligência artificial especializada no setor imobiliário Alfredo.
No balanço que realizaram dos dados imobiliários de 2022, concluíram que adquirir uma moradia ficou 13% mais caro, com o metro quadrado a atingir os 1130 euros. O preço de um apartamento aumentou 9,3%, para os 2850 euros o metro quadrado.
De acordo com a análise das duas entidades, "a subida de 9,7% dos preços foi acompanhada por uma diminuição significativa da oferta".
O balanço dá conta que, em dezembro de 2022, havia 157.593 imóveis disponíveis no mercado, um decréscimo de 17,57% face ao final do ano anterior.
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Évora mais cara
A maior subida de preços foi registada em Évora, apresentando um aumento anual de 36,9%. No outro lado da balança, encontra-se a Guarda, a única capital de distrito a apresentar uma queda anual, precisamente uma descida de 17,8%.
Considerando apenas o último mês do ano passado, o Índice de Preços Alfredo aponta para uma descida de 0,5% nos preços médios dos imóveis residenciais.
Évora, Portalegre e Leiria foram as cidades onde as casas mais valorizaram em dezembro, com acréscimos de 5,8%, 5,1% e 4,6%, respetivamente.
A análise divulgada dá ainda conta de uma desaceleração da valorização dos apartamentos em Lisboa.
A capital foi a cidade do país onde o preço destes imóveis menos aumentou, apenas 6%, sendo que o tempo de venda se manteve entre os mais elevados a nível nacional, 133 dias.