A Teva Portugal doou 50 mil comprimidos de hidroxicloroquina ao Ministério da Saúde para apoio no combate à pandemia do vírus Covid-19. A entrega foi feita na passada sexta-feira no Laboratório Militar.
Habitualmente usado na prevenção e tratamento de malária sensível à cloroquina, este é um medicamento experimental no combate a esta nova doença, com resultados positivos em países como os Estados Unidos. Marta González Casal, diretora-geral da Teva Portugal, explica como pode este remédio funcionar no combate à covid-19 e quanto tempo será necessário para haver tratamento e vacina para o novo coronavírus.
A hidroxicloroquina é normalmente usada na prevenção e tratamento de malária sensível à cloroquina. De que forma pode atuar na covid-19?
Atualmente, existem várias estratégias em estudo para abordar o tratamento do coronavírus, entre elas existem ensaios clínicos em que a hidroxicloroquina está incluída. Disponibilizámos o medicamento às autoridades de saúde para que os ensaios clínicos possam ser desenvolvidos. A nossa intenção é ajudar em tudo seja possível.
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Que resultados tem esta substância tido nos testes, nomeadamente nos EUA?
Normalmente, os ensaios clínicos podem durar meses ou até anos. Diante desta pandemia, tudo acelera e esperamos que as equipas que estudam as diferentes opções terapêuticas possam ter resultados o mais rápido possível. Com a Teva, ajudaremos em tudo o que for possível. Connosco, a comunidade médica e as autoridades de saúde sempre terão um aliado.
O Ministério da Saúde português está recetivo a avançar nesse sentido?
O Ministério da Saúde está a realizar um excelente trabalho e a sua intenção, assim como o dos demais atores da saúde, é encontrar soluções e continuar a trabalhar duro em benefício dos pacientes.
Quanto tempo demora e quanto custa um tratamento com este fármaco num doente de covid-19?
Em situações normais, estaríamos a falar de muitos meses, até anos, mas dada a situação atual temos de encurtar os tempos e acelerar o processo.
Poderá a partir desta substância ser desenvolvida uma vacina?
Existem muitas equipas em todo o mundo a trabalhar para encontrar uma vacina e, ao mesmo tempo, para encontrar tratamentos e medicamentos que nos ajudem a derrotar o vírus. Toda a ciência está ao serviço de encontrar a solução e os cidadãos devem confiar na comunidade científica e médica.
A que prazo podemos pensar, se tudo correr bem, que este novo medicamento estará disponível no combate à pandemia em Portugal e no mundo?
Há muitas notícias e informações que falam sobre prazos. Acho que a coisa mais prudente é falar sobre o esforço que está a ser feito ao nível global para combater esta pandemia; precisamos de continuar a avançar passo a passo, mas sem descanso. Quando vemos o envolvimento de pessoas, administrações, profissionais de saúde, indústria farmacêutica e a comunidade científica, acreditamos que encontraremos uma solução o mais rápido possível.