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O governo prevê a criação de vouchers de apoio às famílias de menor rendimento para a compra de eletrodomésticos na estratégia de combate à pobreza energética será apresentada até final de março. Executivo quer renovar 69% dos edifícios até 2030.
"Uma das medidas que estão previstas, sobretudo para as famílias de menor rendimento, são vouchers de apoios na compra de equipamentos mais eficientes", adianta João Galamba, secretário de Estado da Energia, ao Jornal de Negócios.
O governo quer acelerar, "dentro do possível" o combate à pobreza energética, que atinge cerca de dois milhões de pessoas.
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"Quando falamos de pobreza energética temos de incluir as medidas que foram tomadas, incluindo por outros governos, como a criação da tarifa social que prevê um desconto de quase 34% [na fatura da eletricidade]. Essa é uma das medidas para o combate da pobreza energética. E houve esta descida recente de IVA [por escalão de consumo]. Não estão previstas descidas adicionais além daquelas que já foram decididas. E não nos podemos esquecer de que o que se perspetiva é uma descida dos preços da eletricidade na década 20-30 devido ao aumento de incorporação de renováveis", diz Galamba.
Até 2050 o novo programa de combate à pobreza energética vai representar um investimento anual superior a 300 milhões de euros, bem como a renovação de 69% de edifícios renovados até 2030.
Fundos europeus, assim como linhas de financiamento bancário poderão financiar este programa. "Têm de ser mobilizadas linhas de financiamento e haver uma articulação forte entre o Banco de Fomento e a banca de retalho", diz João Galamba, a possibilidade está a ser estudada pelo Ministério do Ambiente com o Ministério da Economia.