Já lá mora gente mas o projeto ainda agora começou. Nas próximas semanas arranca a construção do Lote 1, o terceiro de 12 edifícios projetados para o Prata Riverside Village, o mega empreendimento que está a nascer na freguesia lisboeta de Marvila.
A pré-comercialização dos apartamentos já começou e em poucas semanas foram reservadas cerca de 20 das 107 casas daquele que é, até agora, o maior lote do projeto. Os imóveis estarão prontos a habitar no primeiro trimestre de 2021. Os preços oscilam entre os 285 mil e um milhão de euros.
Os valores não têm sido entrave para as famílias portuguesas. Ao que o Dinheiro Vivo apurou, os compradores do Prata Riverside Village são quase todos de nacionalidade portuguesa.
No Lote 8, já construído e habitado, 61% dos 28 proprietários são portugueses. O Lote 7, cuja construção deverá estar finalizada no verão do próximo ano, entre vendas e pré-reservas tem para já garantidos 79% de moradores de nacionalidade portuguesa. Aqui, os valores dos 40 apartamentos começam nos 440 mil euros e vão até 1,9 milhões.
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No ano passado, as vendas do Prata Riverside Village fizeram disparar em 80% o preço do metro quadrado em Marvila, conhecida por ser uma das freguesias mais acessíveis da capital.
Porém, aquele que é considerado pela promotora VIC Properties como “um dos projetos imobiliários do século em Portugal” foi tido desde o início pelos construtores como um projeto destinado à classe média nacional e não apenas ao segmento de luxo.
Mas no empreendimento desenhado pelo arquiteto italiano Renzo Piano também se falam outras línguas. Entre os proprietários contam-se investidores alemães, chineses, brasileiros e angolanos. Começam a surgir também turcos e ingleses.
Quando estiver pronto, o Prata Riverside Village terá acrescentado cerca de 700 apartamentos à zona ribeirinha de Lisboa, mais escritórios e comércio, numa área equivalente a 13 campos de futebol.
O espaço do projeto cresce para mais do dobro contando com o terreno adjacente ao Braço de Prata que a VIC adquiriu em junho ao Novo Banco, num negócio que, segundo o Jornal Económico, custou 140 milhões de euros à promotora.
Além das 700 casas do Riverside Village, serão construídos mais dois mil apartamentos no terreno da Matinha. O objetivo é ligar o Braço de Prata ao Parque das Nações, numa obra que vai “requalificar uma área estagnada de Lisboa e responder à escassez de novas habitações” na cidade, sublinharam os promotores quando foi anunciado o negócio.
Antes de arrancarem as obras ainda terão de ser descontaminados os solos dos terrenos da Matinha.