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Para unir e apoiar as fundações no combate à Covid-19, o Centro Português de Fundações lançou hoje a plataforma Resposta das Fundações à Covid-19, de forma a agregar e divulgar os esforços desenvolvidos pelas fundações, das mais pequenas às maiores, com destaque para as que têm ligação a IPSS, que combatem no terreno.
"Há muitas fundações por todo o país a prestar cuidados de saúde e cuidados a grupos vulneráveis, bem como a investir na investigação científica no combate à pandemia", justificou Maria do Céu Ramos, presidente do Centro Português de Fundações. A plataforma fará ainda uma recolha das diversas iniciativas que estão a ser lançadas.
Num momento em que as fundações portuguesas estão a lançar iniciativas diretas e indiretas para responder às medidas de contenção e de segurança, assim como às necessidades especiais resultantes do estado de emergência, o Centro Português de Fundações (CPF) considerou que uma iniciativa deste cariz fazia todo o sentido para agregar e sistematizar o trabalho feito. E que é muito e variado. Das fundações ligadas a Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), que estão ativa e diretamente envolvidas nos cuidados permanentes às pessoas e comunidades que servem, até todas as medidas solidárias que têm tomado forma nesta crise sem precedentes.
"O atual estado de pandemia afeta toda a sociedade à escala global e também, inevitavelmente, as fundações, que como sempre, estão presentes de forma solidária e ativa, contribuindo para mitigar os impactos e superar as dificuldades da presente crise, ao lado de tantos outros", sublinha Maria do Céu Ramos.
A Fundação AMI – Assistência Médica Internacional, por exemplo, reforçou a sua atuação em Portugal e no mundo, doando 20 mil euros para a compra de material para o Hospital de Santa Maria. Em Almada, o Centro Porta Amiga da AMI reforçou a sua intervenção social. Para além disso, as tendas hospitalares e materiais doados pela AMI ao Centro de Saúde da Manga Nhaconjo, na Beira, são agora utilizados na prevenção da propagação da Covid-19, elenca o CPF.
Também a Fundação INATEL está a disponibilizar os seus equipamentos para combate ao surto; "a Fundação Nossa Senhora do Bom Sucesso mantém resposta presencial a grávidas e crianças até 2 anos, criando ainda uma linha de apoio psicológico gratuita; a Fundação Salesianos mantém o seu apoio aos sem-abrigo e uma linha de apoio psicológico; a Fundação CEBI mantém em atividade o Departamento de Intervenção Social e Comunitária, assim como as entregas de bens alimentares aos seus beneficiários; e a Fundação ADFP assegura E-learning na St. Paul's School, disponibilizando um hospital e dois hotéis para colaborar no combate à Covid-19".
Mas além das ações no terreno há muitas outras, que vão desde as doações de dinheiro (a Fundação Rui Osório de Castro doou 100 mil euros para apoiar crianças com doenças oncológicas e famílias; a FLAD doou 350 mil euros ao Banco Alimentar, a Fundação Universidade NOVA de Lisboa produz gel desinfetante e máscaras, etc.) às de material de proteção individual ou ventiladores, entre muitos exemplos de atividade solidária que levou também a alterações profundas na maneira de funcionar das próprias fundações.
"A essência das fundações é o serviço às pessoas e à comunidade e, em tempos difíceis, o espírito filantrópico vive-se de modo renovado na partilha e na colaboração com outras instituições da sociedade", sublinha Maria do Céu Ramos, lembrando que há muitos mais exemplos até de fundações menos conhecidas do público.
