Ancor. Tudo a postos para um regresso às aulas como sempre

A empresa de Vila do Conde tem preparadas novidades e coleções para que os alunos voltem às salas de aula confiantes e seguros

A Ancor, a maior fabricante ibérica de produtos de arquivo e de cadernos do mercado português, já está a preparar o regresso às aulas na expectativa que este seja o momento chave do relançamento da economia. A empresa de Vila do Conde preparou um conjunto de novidades e de coleções para todas as idades para que em setembro os alunos se voltem a reunir nas escolas e com os professores confiantes como sempre. Francisco Correia, gerente da Ancor, realça: “O regresso das crianças à escola permitirá que toda a população ativa possa voltar aos seus trabalhos, iniciando-se assim um novo ciclo de recuperação económica” do país e também da empresa, que não escapou aos efeitos da pandemia.

Apesar de nunca ter suspendido a produção durante a crise sanitária, nem ter recorrido ao lay-off, a Ancor foi sentido os efeitos do confinamento. “O nosso volume de negócios foi sendo afetado nos diversos mercados à medida que a onda da pandemia ia assolando cada um deles”, adianta o responsável, que acredita que o regresso às aulas marcará o arranque desta área de negócio e permitirá um retorno aos volumes de vendas anteriores. Como sublinha, “temos estado a produzir e a armazenar as quantidades anteriormente previstas, estando prontos para responder com normalidade à campanha de Regresso às Aulas”. Nesta altura, “temos de cerrar os punhos e os dentes e assegurar que estamos à altura do desafio nacional que temos pela frente e fazer acontecer a parte que nos toca”, diz Francisco Correia.

No ano passado, a Ancor fabricou 30 milhões de unidades, entre pastas e caixas de arquivo, dossiês de cartolina, separadores, papel de fantasia e cadernos, o equivalente à transformação de uma quantidade de papel suficiente para dar mais de 13 voltas à terra. A faturação da empresa atingiu os 16 milhões de euros, um crescimento 8% de face a 2018, com 55% das vendas a serem garantidas no exterior. Segundo Francisco Correia, o principal mercado é a Europa, com destaque para Espanha, França e Benelux, mas os produtos fabricados em Vila do Conde já chegam a 27 países e no top 10 surgem destinos como Marrocos, Dubai ou Egito.

A empresa, que conta já 50 anos de atividade, está a realizar um investimento de meio milhão de euros para reforçar a liderança do custo de produção, através de ganhos de produtividade, aprofundar a capacidade de idealizar e fabricar produtos com foco no desejo do consumidor e encontrar soluções logísticas e de comunicação de produto adaptadas à venda online.

Desde os tempos em que os fundadores lançaram a Ancor numa oficina quase artesanal, nas traseiras da portuense Rua de Cedofeita, que vendia para as papelarias da cidade, muito mudou e evolui. Com 170 colaboradores, tem atualmente uma unidade industrial e logística de 12 500 metros quadrados em Guilhabreu, Vila do Conde, e um armazém logístico, com capacidade para mais de 10 mil paletes e cerca de duas mil toneladas de papel em bobines. A empresa familiar afirmou-se com as suas marcas próprias Ancor, B’log, Smooth, Super Light e Emboss (as mais relevantes e que valem 50% das vendas) e pelo fornecimento à grande distribuição. E alargou horizontes, investindo na Posso Company, uma empresa cujo core business está centrado no design e desenvolvimento de produtos, e na área da embalagem de luxo. Nesta atividade, tem uma fábrica onde desenvolve e produz embalagens de elevado valor acrescentado para setores como o vinho do Porto ou o calçado.

Mais Notícias

Outros Conteúdos GMG

Patrocinado

Apoio de