Artisani. Este laboratório é a fábrica do Willy Wonka em versão gelado

Cadeia está à procura de um espaço numa zona turística para abrir loja própria. Este ano deverá fechar com 2 milhões de euros de faturação

O gosto pelos gelados começou na pequena geladaria dos pais de Luísa Lacerda. Hoje fazer gelados, misturar sabores como limão e manjericão transformou-se num negócio que só o ano passado gerou 1,7 milhões de faturação e em 2017 deverá atingir os 2 milhões de euros.

Na Artisani há muito gelado. "A última vez que contei tínhamos 230 receitas", diz Luísa Lacerda, gerente da cadeia portuguesa de gelado artesanal, alguns dos quais em resposta aos desafios colocados pelos Chef, tendo criado por exemplo, para uma cadeia de restauração, gelado com sabor a cerveja.

Tudo produzido no novo laboratório da marca. Desde abril do ano passado, que a Artisani produz mais diariamente uma tonelada de gelado no laboratório na rua de São Bernardo, em Lisboa. O novo espaço, onde investiram cerca de um milhão de euros, aumentou de 200 para mil metros quadrados a área de produção, aposta que Luísa Lacerda acredita que será recuperada em 10 anos.

É aqui que produzem de raiz os gelados Artisani. Transformam, na época alta, entre 700 a 800 kg de fruta como morangos, framboesas ou ananás, misturam com 1300 litros de leite, entre outros ingredientes, dando lugar aos gelados que chegam às lojas próprias, franchisados e mais de uma centena de clientes na área de restauração e hotelaria.

Morango, baunilha e chocolate ainda são os sabores mais vendidos, mas os portugueses começam a ser mais aventureiros nos seus gostos: limão com manjericão, caramelo e "todas as gamas de chocolate" estão a gerar muita procura.

Por mês criam dois a três sabores novos e depois de lançar uma linha de gelados para diabéticos (com metade do açúcar) estão a trabalhar numa gama de gelados para vegan, respondendo às tendências de procura alimentar.

Tudo começou com uma pequena loja Artisani nas Docas de Lisboa. Hoje a cadeia de gelados tem 8 lojas próprias, 11 franchisados e vende para 170 clientes na área de restauração e hotelaria. As lojas próprias representam cerca de 60% da faturação, mas a venda externa ajuda a combater a sazonalidade deste negócio, ganhando maior peso na época baixa.

O objetivo é expandir. "Andamos à procura de um espaço numa zona turística em Lisboa", adianta Luísa Lacerda. A maioria dos clientes da cadeia são portugueses, em zonas residenciais, o objetivo com o novo espaço é a Artisani tirar partido do boom do turismo. Para o ano, antes do verão querem abrir novo espaço.

Mas querem também crescer a sua presença para outras zonas do país, através de franchising. Chegar ao Porto ou Coimbra, por exemplo, também está nos objetivos da marca que já chegou aos Açores por esta via.

A capacidade de produção existe. O laboratório tem capacidade para aumentar a produção diária para 1,5 toneladas.

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