O Banif entrou oficialmente em liquidação, depois do Banco Central Europeu (BCE) ter revogado a licença de atividade bancária. Segundo o Jornal de Negócios desta segunda-feira, as contas do Banif relativas a 2015 já faziam prever o futuro. O processo segue para o tribunal e depois para liquidação judicial, mas o Banif vai reclamar a utilização de um crédito tributário de 35 milhões de euros.
Em 2015, o Banif tinha um património avaliado em 51 milhões de euros ('ativos') face a um saldo de 815 milhões de euros em obrigações ('passivos'). Em 2017, o Banco de Portugal avançou com o pedido de liquidação.
A liquidação do Banif vai avançar e alguns acionistas vão ficar com os seus títulos no 'banco mau': o Estado, que detém mais de 60,5% do capital do Banif, a Herança Indivisa de Horácio Roque, 6,3%, e a Auto-Industrial que detém 1,8%.
O Banif tinha também vários credores, por isso a situação está a ser analisada pela auditora Baker Tilly que vai verificar se têm algum montante a receber neste processo. Entre eles está o Fundo de Resolução, que já afirmou que não espera receber os 489 milhões de euros aplicados na resolução do Banif. O antigo BES também tinha cedido ao banco 53 milhões de euros.
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Apesar da liquidação, o Banif vai fazer cumprir os seus direitos e vai reclamar 35 milhões em crédito tributário ao Estado. Este valor poderá ser utilizado, por exemplo, para compensar dívidas relativas a impostos sobre rendimento e património.