Consumo: seis em cada 10 portugueses paga as compras a prestações

Um estudo do Oney Bank conclui ainda que 19% dos portugueses recorre às prestações para compras inferiores a 100 euros.

Seis em cada 10 portugueses recorrem ao pagamento a prestações para fazer as suas compras, sendo que metade dos consumidores prefere comprar em lojas que permitam pagar em várias vezes.

Esta é uma das conclusões do estudo elaborado em parceria pelo Oney Bank - uma subsidiária da retalhista francesa Auchan -, a Opinion Way e a Altavia. O estudo abrange Portugal, Espanha, França e Polónia.

Segundo o estudo, 19% dos portugueses usam o pagamento fracionado em compras inferiores a 100 euros, o que compara com apenas 5% dos espanhóis, 8% dos polacos e 9% dos franceses. Quase metade dos portugueses recorre ao pagamento a crédito em compras no valor até 500 euros.

"O pagamento fracionado é um aliado do consumidor e das marcas e é utilizado em Portugal por 61% dos inquiridos", refere um comunicado do Oney Bank. Segundo o estudo, 11% dos portugueses paga em prestações "sempre que pode", enquanto 33% fazem-no uma ou duas vezes por ano.

Dos portugueses que não fazem compras a crédito, 67% justificam com o facto de não se quererem endividar ou explicam que preferem pagar logo a sua compra.

O estudo conclui ainda que metade dos portugueses não se importaria se desaparecesse o pagamento em dinheiro.

Os cartões bancários são o meio favorito de pagamento, com 44% dos portugueses a utilizá-lo sistematicamente, contra 25% que usa mais o dinheiro no pagamento das suas compras. Mas 5% dos portugueses já usa recorrentemente cartões pré-pagos - como os das Revolut - e 6% paga com o telemóvel.

Quanto ao pagamento com débito em conta, 33% dos portugueses mostraram-se renitentes utilizá-lo.

De notar que 1% dos portugueses já pagam sistematicamente através do sistema assistente inteligente Alexa ou do Google Home e 2% dos consumidores em Portugal paga através de scan de retina, reconhecimento facial ou impressão digital. O Amazon Pay é usado de forma recorrente por 1% dos portugueses.

Outra das conclusões apontadas pelo estudo é que houve mudanças no comportamento dos consumidores na última década. Hoje, procuram uma melhor relação qualidade/preço dos serviços e produtos, preferem ser utilizadores do que proprietários, valorizam a simplificação do processo de compra, bem como a autonomia que podem ter quando estão a comprar.

"O estudo revela interesse por novas experiências de compra, embora reforce a importância do contacto humano no ato da compra; mostra também que este ato gera satisfação, apesar da necessidade de melhorias na segurança, confidencialidade, na rapidez e na permanência do contacto com pessoas", diz o comunicado.

Portugal atrás nas compras online

No consumo online, os portugueses são os que fazem menos compras através da Internet, comparando com os espanhóis, franceses e polacos. Apenas 25% dos portugueses faz compras online "sempre que podem", contra 27% dos franceses e 31% dos espanhóis e dos polacos.

O Google Pay é a aplicação mais utilizada para fazer pagamentos online em Portugal, Espanha e Polónia, enquanto em França a favorita é o Apple Pay. No total, 39% dos portugueses utiliza o Google Pay para compras na Internet, seguindo-se o MB Way e o MB Net - que só existe em Portugal - como segundo meio favorito de pagamento online, com 35% dos consumidores lusos a usá-las.

As entregas em casa gratuitas, a garantia de segurança no pagamento e a possibilidade de poder devolver os artigos adquiridos são principais fatores que levam os portugueses a comprar online.

Nas compras com telemóvel, os portugueses são os que consideram mais prático este meio de pagamento, com 45% dos consumidores a responder favoravelmente.

Dos consumidores em Portugal que não usam o telemóvel para pagamentos justificam com o facto de temerem que o equipamento seja pirateado ou roubado.

Quanto ao futuro, 34% dos portugueses esperam que os pagamentos digitais vão passar por controlos biométricos, seja através da impressão digital ou reconhecimento de voz ou facial.

O estudo foi feito com base num inquérito realizado entre 17 e 24 de abril deste ano, junto de mais de mil consumidores em cada um dos países.

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