- Comentar
As vendas de carros elétricos têm vindo a subir cada vez mais em Portugal: no ano passado já representaram 12,1% do total de carros novos vendidos, face aos 9,1% em 2021 e 1,9% em 2019. Mas 65% dos inquiridos que pretendem trocar de carro este ano afirmam que comprar um híbrido ou elétrico não é uma opção devido ao preço elevado.
Relacionados
Power Dot tem 18 milhões de euros para carregar mais elétricos em Portugal
Venda de carros elétricos subiu 28% em 2022 face ao ano passado
Kit transforma Renault 4 e 5 em carros elétricos com preço baixo
No estudo desenvolvido pela Liberty Mutual com a Kantar e a Red C para a Liberty na Europa (Portugal, Espanha, Irlanda e Irlanda do Norte), divulgado esta terça-feira, entre os 500 portugueses inquiridos, mais de metade (52%) assume querer comprar carro ente ano e 30% procura uma opção mais sustentável.
E o que leva a querer trocar de carro? Para 28% dos inquiridos o seu automóvel atual é demasiado antigo, 29% pretendem um mais económico não só no consumo como também no preço, e 16% consideram que o seu carro atual já não corresponde às necessidades.
"O envelhecimento da frota de veículos em Portugal e o impulso regulamentar no sentido de uma mobilidade mais sustentável irá gerar uma mudança necessária nos veículos em circulação", explica em comunicado José Luis García Camiñas, diretor executivo de Produto da Liberty Seguros na Europa. "O interesse em veículos elétricos e híbridos continuará a crescer, apesar de a incerteza económica e a inflação ainda condicionarem a decisão de compra este ano. Por isso, para além da compra do automóvel, é importante selecionar as coberturas específicas que estes veículos necessitam, tais como a recarga de emergência ou os danos causados em/ou por instalações de recarga", conclui.
O que afasta a compra de carros elétricos ou híbridos?
Já no que se refere às escolhas, mais de metade (55%) dos portugueses inquiridos que manifestaram intenção de compra consideram um automóvel elétrico ou híbrido em 2023 como opção. O problema é que 65% destes "apontam o preço alto como principal fator dissuasor para a compra deste tipo de carros", lê-se nos resultados do inquérito.
Subscrever newsletter
Subscreva a nossa newsletter e tenha as notícias no seu e-mail todos os dias
Mas há mais razões que ainda afastam a compra: 25% consideram que "as infraestruturas de carregamento não estão totalmente desenvolvidas"; e 22% afirmam "não querer ou poder instalar um ponto de carregamento em casa".
Ainda segundo o inquérito, "do total de pessoas que assumem adquirir um carro em 2023, 23% mostram-se indecisas entre um automóvel novo ou em segunda mão. Já os mais decididos, 16%, pretendem comprar um carro novo e 13% em segunda mão".
Leia também: Mercado de usados mantém dinâmica negativa ao cair 12% em janeiro