Dia aposta em Minipreço Express e investe mais de 25 milhões em Portugal

Grupo espanhol quer expandir o comércio online a Portugal e não coloca de parte o conceito de lojas de conveniência nos postos de abastecimento

O Dia prevê apostar mais de 25 milhões de euros em Portugal na remodelação de mais de 100 lojas e aberturas. O grupo espanhol quer apostar em lojas de proximidade e, para isso, prepara-se para expandir o conceito Minipreço Express até aqui a funcionar em piloto em Lisboa. Ainda esta semana deverão abrir mais lojas, para um total de 6 lojas em Lisboa e mais uma em Cascais.

A expansão do conceito passa ou pela abertura de novos espaços ou pela reformulação de lojas Minipreço neste novo conceito de proximidade, do total de 100 intervenções previstas para este ano Amando Shánchez, diretor executivo de Portugal e corporativo de serviços, não precisa quantas darão lugar a Minipreço Express em todo o país. "Vamos expandir na Grande Lisboa e Porto e também junto de populações rurais", adianta o responsável pelo mercado português.

A introdução em Portugal do conceito Go, lojas de conveniência em postos de abastecimento, à semelhança do que já têm em Espanha, é algo que Amando Sanchéz não coloca de parte. "Em Espanha temos parcerias com a BP, Shell e operadores independentes, com Cepsa e Repsol. O mesmo é possível em Portugal", admite o responsável, sem adiantar mais pormenores sobre um eventual parceiro, nem data. Em Portugal, a Jerónimo Martins já apostou neste conceito através de uma parceria com a BP.

Comércio online do Dia deve chegar este ano a Portugal

O grupo quer liderar o comércio online alimentar em Espanha, onde fechou o ano com uma quota de 10% e receitas e 58 milhões. O objetivo é atingir os 120 milhões de euros de receita em 2020. Para isso, quer expandir a sua presença online a "todas as capitais de distrito em Espanha" ainda em 2018, adiantou Ricardo Currás, conselheiro delegado do Dia.

Mas também nos outros mercados onde estão presentes, incluindo Portugal. Amando Sanchéz não precisou a data de arranque, mas admite que uma boa base de operação para este negócio seria o Mercado de Santos, em Lisboa, onde o grupo tem uma loja Minipreço Family e Clarel, "com boa capacidade de entrega ao domicílio".

A aplicação do grupo é usada por 800 mil utilizadores e o objetivo é quadriplicar ainda este ano.

Investimento: vai aumentar em 2018

"Este ano vamos investir mais do que em 2017", garante Amando Sanchéz. Para este ano, o Dia conta investir mais de 25 milhões em Portugal, uma fatia dos 320 a 350 milhões que o grupo conta injetar na expansão e remodelação da rede em Espanha, Brasil e Argentina.

O ano passado Portugal fechou com 630 lojas, das quais 333 lojas próprias e 297 franquiados. O grupo emprega 3900 colaboradores diretamente, tendo mais 1952 colaboradores nas lojas franquiadas.

O Dia diz não ter sentido impacto com o aumento do salário nacional no mercado nacional. "O salário médio dos nossos trabalhadores é claramente superior ao salário mínimo nacional, adaptar ao novo salário mínimo não nos afectou", frisa Amando Sanchéz.

A entrada da Mercadona em Portugal

No próximo ano, é esperada o início de operações da Mercadona em Portugal, com o gigante espanhol a avançar com 4 lojas na região Norte. O Dia acredita que as novas apostas no conceito de proximidade o deixam mais preparado para enfrentar a concorrência deste novo operador. "Estamos expectantes", disse Amando Sanchéz. "Estamos conscientes da força da Mercadona como concorrente, mas ao nível da proximidade estamos melhor posicionados".

*Em Madrid, jornalista viajou a convite da empresa

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