O estudo é baseado na análise profunda dos hábitos de compra de 100 mil compradores em 10 dos maiores mercados on-line, e prevê que a Ásia seja o grande mercado de crescimento. A Coreia do Sul continuará na sua posição de liderança, com o on-line a ser responsável por 13.8% das vendas de FMCG em 2016. “Atualmente, 55% dos compradores coreanos compram on-line, um valor excecionalmente alto, que não tem comparação com qualquer outro país do mundo”, revela o estudo.
A quota de mercado FMCG on-line continuará a crescer rapidamente em Taiwan e na China, atingindo 4.5% e 3.3% de quota de mercado do total FMCG, respetivamente.
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Já no Reino Unido, que foi o pioneiro do mercado FMCG on-line na Europa, os compradores britânicos compram na Internet uma vez por mês e as suas cestas de compras são cinco vezes maiores do que em offline (na maior parte dos países as cestas de compras on-line são duas vezes maiores que as cestas offline).
No entanto, sublinha o mesmo estudo “o crescimento impressionante da oferta “click and collect” em França, conhecida como “Drive”, fará com que este país ultrapasse o Reino Unido em 2016, com 6.1% de quota de mercado vs 5.5%, respetivamente.
Para Stéphane Roger, Global Shopper e Retail Director na Kantar Worldpanel,”embora o on-line tenha uma pequena quota de mercado neste momento, todos os países estão a verificar um crescimento considerável. O futuro pertence aos distribuidores e marcas que aproveitem as oportunidades que são proporcionadas, para aumentar os seus mercados alvo. A introdução lenta e tardia do on-line pode prejudicar as vendas e a quota de mercado.”
Quanto às barreiras que impedem distribuidores e marcas de se envolverem com o canal on-line, o estudo mostra que a maiorias destas são apenas uma perceção e não correspondem às experiências reais dos consumidores. Entre elas estão o medo de que a presença on-line canibalize as vendas nas lojas físicas e que os consumidores se tornem menos fiéis caso comprem on-line – o estudo mostra que o oposto é verdade para os dois cenários.
Stéphane Roger, salienta que “uma das principais preocupações dos players FMCG é que o e-commerce retire o gasto do canal físico. No entanto, isto é também um dos maiores equívocos. Ter uma oferta on-line ajuda a garantir vendas adicionais, em vez de canibalizar o gasto das lojas físicas.”
O estudo refere ainda que as estratégias que os distribuidores e as marcas estão a utilizar para ganharem quota de mercado, em diferentes ambientes locais de retalho, desde a Coreia Sul, China, França e Reino unido. Isto implica reforçar as compras por impulso, tornar as compras on-line mais divertidas e utilizar as últimas técnicas de compras de conveniência.