Questionado por Mariana Mortágua sobre os avançou ou estudos feitos pelo governo sobre a possibilidade de manter o Novo Banco na esfera pública ao invés de o entregar ao Lone Star, Mário Centeno referiu apenas que a solução encontrada foi a "mais adequada" para preservar as contas públicas.
"A solução de manutenção do banco na esfera pública nunca deixou de ser equacionada, nunca foi eliminada nenhuma solução. Neste momento, e perante esta solução, a avaliação que fizemos às contingências financeiras para as contas públicas leva-nos a concluir que no desenho desta transação, esta solução era a mais adequada para preservar esses princípios", respondeu o ministro das Finanças.
Conforme o Ministério das Finanças esclareceu na altura ao Dinheiro Vivo, a nacionalização do NB teria vários impactos imediatos e não apenas financeiros. Além da injeção de “montantes superiores a quatro mil milhões de euros” logo “no momento inicial” da operação, a nacionalização iria ter “impactos significativos em termos de despedimentos e encerramento de balcões” exigidos à totalidade da banca pública.
Além disso, um outro obstáculo à nacionalização já vinha de agosto de 2014, já que o acordo então fechado entre o ex-governo e as autoridades europeias proibiu o prosseguimento desta via.
“Uma nacionalização desrespeitaria o acordo da República Portuguesa com as instituições europeias, pelo que não sabemos à partida se seria exequível”, explicou a tutela, lembrando o previamente acordado entre a República Portuguesa e Bruxelas relativamente ao ex-BES.