Os resultados líquidos da Galp aumentaram 45% no terceiro trimestre para 166 milhões de euros. Este resultado compara com os 115 milhões de euros verificados no período homólogo de 2016. A petrolífera portuguesa beneficiou do crescimento dos sectores de exploração e produção e de refinação e distribuição. O resultado, ainda assim, ficou abaixo das estimativas dos analistas, que preferiam um crescimento dos resultados líquidos para 169 milhões de euros.
O sector de exploração e produção registou o maior crescimento entre julho e setembro. O EBITDA (lucros antes de juros, impostos, amortizações e depreciações) cresceu 69% para os 215 milhões de euros, “suportado pelo aumento de produção e dos preços de petróleo e gás natural, apesar de afetado pela desvalorização do Dólar face ao Euro”, escreve a petrolífera no relatório e contas divulgado junto da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) divulgado esta segunda-feira. A produção diária de petróleo da Galp ultrapassou a fasquia dos 100 000 barris durante o terceiro trimestre.
O segmento de refinação e distribuição é o que continua a gerar mais receitas para a Galp. O EBITDA aumentou para 218 milhões de euros no terceiro trimestre (+21%), “devido ao aumento das margens de refinação.
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O segmento de gás e energia foi o único que registou menores receitas, com uma descida do EBITDA para 45 milhões de euros (-37%). A Galp justifica este decréscimo com a “desconsolidação pelo método integral da atividade de infraestruturas reguladas”, que teve impacto de 26 milhões de euros nas contas da petrolífera entre julho e setembro.
Nos primeiros nove meses do ano, os lucros da Galp cresceram 15% para os 416 milhões de euros.
Os resultados da Galp foram conhecidos da aquisição de uma participação de 20% numa nova licença de exploração no cobiçado pré-sal brasileiro. Estima-se que os oito blocos em oferta pelo governo brasileiro tenham reservas de petróleo de mais de 12 mil milhões de barris.
(Notícia atualizada às 7h50 com mais informação)