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O Governo mantém todas as opções em aberto relativamente ao futuro da concessão do serviço postal universal aos CTT. O contrato com a empresa postal portuguesa termina daqui a menos de dois meses, no final de 2020 mas ainda decorrer negociações, indicou esta quarta-feira no Parlamento o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos.
"Há conversas em relação aos CTT e com o nível de qualidade exigido para o serviço. Este trabalho está a ser feito com serenidade. Nenhuma opção está excluída neste momento", respondeu Pedro Nuno Santos à pergunta da deputada do Bloco de Esquerda Isabel Pires durante a audição parlamentar na especialidade relativa ao Orçamento do Estado para 2021 (OE2021).
Os CTT, detidos pelos privados desde setembro de 2014, já manifestaram interesse em renovar o contrato de concessão com o Estado. O concurso para escolher o prestador do serviço postal universal deverá ser lançado ainda neste semestre. Os partidos mais à esquerda (PCP e BE) defendem a nacionalização da empresa postal.
A informação de Pedro Nuno Santos surge no dia em que a empresa apresentou os resultados nos primeiros nove meses de 2020. Nem a ligeira subida no terceiro trimestre nas receitas operacionais dos CTT, nem o aumento das receitas do segmento das encomendas, foi capaz de estancar a sangria de 81,1% nos lucros até setembro. O operador postal fechou os primeiros nove meses do ano com lucros de 4,3 milhões. Há um ano apresentava resultados líquidos de 22,9 milhões.
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