EastBanc investe 11 milhões em projeto premium para escritórios em Lisboa

A empresa, que detém um património imobiliário em Lisboa avaliado em mais de 100 milhões de euros, está prestes a concluir mais um projeto de reabilitação na cidade, o Alegria One, Em carteira para os próximos cinco anos estão investimentos de 45 milhões.

A EastBanc, empresa promotora e gestora imobiliária de origem norte-americana, vai concluir no terceiro trimestre deste ano um investimento de 11 milhões de euros na reabilitação de um edifício do século XIX, que chegou a servir de residência à família Keil, situado entre a Avenida da Liberdade e a Praça da Alegria, em Lisboa.

O Alegria One vem juntar-se a um património imobiliário avaliado em mais de 100 milhões de euros, fruto do investimento da EastBanc nos últimos 20 anos na cidade, especialmente na zona do Príncipe Real. Em diferentes fases de desenvolvimento, a empresa tem projetos orçados em 45 milhões de euros.

A reabilitação do edifício Alegria One tem a assinatura do arquiteto Eduardo Souto Moura, que apostou numa solução "contrária" à que observa na Avenida da Liberdade. "O que vejo são edifícios pré-existentes, muitos sem ser obras de arte, mas com dignidade, e que receberam vários pisos com uma linguagem diferente, opressiva, tipo "Cheguei!!!, estou aqui". Este projeto pretende ter uma continuidade com o edifício original e não se preocupa que o "aumento" tenha uma autonomia destacada", descreve Souto Moura.

O arquiteto, que privilegiou a pedra da cantaria e a madeira dos caixilhos no exterior, deu vida a um edifício de seis pisos, alocando 2.200 metros quadrados para escritórios, espaço de restauração com logradouro e loja no piso térreo com seis metros de altura.

Apesar das muitas dúvidas que recaem atualmente sobre o produto escritórios, depois da dinâmica que ganhou o teletrabalho com a pandemia, o diretor geral da EastBanc em Portugal, Tiago Eiró, está confiante na boa colocação no mercado de arrendamento deste último investimento da empresa.

Como sublinha Tiago Eiró, pela "qualidade e singularidade do projeto, assim como pela localização premium mesmo na esquina da Praça da Alegria com a Avenida da Liberdade, acreditamos que a comercialização decorrerá com sucesso". Até porque, na sua opinião, "a reabilitação do espaço permitiu criar espaços totalmente amplos sem quaisquer pilares, proporcionado uma total flexibilidade de ocupação e layout interior" e esta é uma característica que "permite uma grande adaptabilidade às novas exigências do mercado".

Apesar de não adiantar valores para o arrendamento, o responsável lembra que serão prime, a acompanhar os praticados naquela parte da cidade.

Cinco projetos para os próximos cinco anos

A EastBanc tem atualmente cinco projetos para executar em Lisboa nos próximos cinco anos que, no conjunto, representam um investimento da ordem dos 45 milhões de euros. Segundo Tiago Eiró, são dois edifícios para escritórios, um hotel com cerca de 50 quartos e dois edifícios de habitação e retalho, um deles com 33 apartamentos para arrendamento. Uns estão já em desenvolvimento e outros em fase de licenciamento.

A promotora imobiliária, detida Anthony Lanier, descobriu Portugal há cerca de 20 anos e, desde essa altura, investiu 100 milhões de euros na aquisição e reabilitação de perto de 20 imóveis, a maioria na zona do Príncipe Real, para fins residenciais, escritórios e comércio. O seu portfólio engloba 40.000 metros quadrados de área bruta locável e abrange vários segmentos de mercado, a maioria espaços de retalho e escritórios.

Segundo Tiago Eiró, a empresa gere cerca de 50% da área bruta locável do Príncipe Real - da Rua da Rosa à entrada do Jardim Botânico. Como destaca, a EastBanc tem 60 inquilinos na zona do Príncipe Real, de que são exemplo a Galeria Conceptual EmbaiXada (com 17 lojas no interior), os restaurantes Pizzeria Zero Zero, Atalho, Gin Lovers, Tapisco (do Chef Henrique Sá Pessoa), o bar Pavilhão Chinês, e as lojas da Barbour.

Mais Notícias

Outros Conteúdos GMG

Patrocinado

Apoio de