Inventa abre escritório no Porto para apoiar empreendedores

Consultora de propriedade industrial quer assegurar uma resposta mais próxima ao cluster inventor do Norte, o mais dinâmico do país.

A Inventa, consultora especializada em proteção de propriedade intelectual e direitos de autor, acaba de abrir um escritório no Porto para apoiar os criadores de patentes e marcas. "A região Norte é estratégica para nós, tem das mais altas taxas de invenção de Portugal" e, por isso, "decidimos investir num serviço personalizado, mais perto do cliente", revela Tiago Reis Nobre, administrador da empresa com sede em Lisboa e presença em Angola, Moçambique, Nigéria, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Macau.

A contratação de Jorge Machado, consultor com 20 anos de experiência em propriedade industrial permitiu dar este salto para o Norte, que já estava previsto no plano de expansão. O crescimento da Inventa também "depende de encontrar talentos e nós estávamos à procura de pessoas com o perfil certo para representar a empresa no Porto", justifica o administrador e sócio da empresa. Agora, com presença física no coração da região, a Inventa prepara-se para ganhar mercado junto das universidades e indústrias do Norte, que têm demonstrado ao longo dos anos um forte espírito empreendedor.

Os números não deixam margens para dúvidas. Em 2020, o Norte representou 38,6% das invenções registadas no país, contra 26,8% no Centro e 24,6% na Área Metropolitana de Lisboa, diz o responsável, citando as estatísticas do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Já no que toca à criação de marcas, Lisboa apresenta uma quota de 37%, que se justifica pela maior predominância de serviços, o Norte responde por 33,1% e o Centro por 18,6%. No ano passado, e com base em dados previsionais do INPI, o número de invenções nacionais caiu 18%, de 1124 registos, em 2020, para 920, indicativo que, na opinião de Tiago Reis Nobre, pode ser explicado pela pandemia, mas que urge inverter. "Portugal, sendo um país pequeno, deveria fazer um maior investimento no que toca à produção de invenções, porque só com produtos de valor acrescentado é que pode fazer a diferença", sublinha. Já o registo de marcas conheceu um aumento de 12% em 2021, ultrapassando os 24 mil pedidos, impulsionado pelo crescimento dos negócios online.

É este universo criativo que tem na Inventa um parceiro. Como adianta Tiago Reis Nobre, "nós somos uma consultora de propriedade industrial e fornecemos serviços que vão desde o apoio à internacionalização das marcas e patentes, dos direitos de autor e domínios de internet, à defesa desses direitos e à sua vigilância pelo mundo inteiro". Em África, onde é líder de mercado com uma quota superior a 30%, a Inventa tem uma equipa de mais de 30 pessoas a trabalhar e um know-how do território que lhe advém da aposta na década de 70 neste continente. "Somos uma referência mundial em propriedade industrial em Portugal e África, todos os dias tratamos de processos de outros países com este continente", sublinha. E para assegurar a oferta de serviços a nível mundial, conta também com uma rede de escritórios associados.

A Inventa, que contabiliza mais de três mil clientes ativos, entre os quais empresas como a Inditex, a TAP e a CGD, regista há 10 anos um crescimento contínuo da faturação na ordem dos 30%. O ano de 2020 foi exceção mas, ainda assim, aumentou o volume de negócios em 12%. Já no ano passado fechou com um incremento de 36%, totalizando 3,3 milhões de euros de vendas só em Portugal. A consultora tem um plano de crescimento delineado até 2030, exercício para o qual estipulou o objetivo de atingir uma faturação superior a 10 milhões. Como frisa o responsável, "queremos atrair mais clientes internacionais e trabalhar para sermos uma marca global".

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