A Jerónimo Martins fechou setembro com 285 milhões de euros de lucros, uma quebra de 43,1% nos resultados líquidos quando comparado com os primeiros nove meses do ano passado, altura em que o grupo dono do Pingo Doce e Biedronka registava lucros de 502 milhões, impactados pela mais-valia de 310 milhões obtida com a venda da Monterroio.
Até setembro o grupo gerou 11,9 mil milhões de vendas, o que representa uma subida de 11,1% em relação aos primeiros nove meses do ano passado. O EBITDA do grupo subiu 6,7%, para 669 milhões de euros, com o grupo a registar uma dívida líquida negativa de 39 milhões.
“Concluídos nove meses de um ano exigente e desafiante, e em resultado da priorização absoluta das vendas, todas as nossas insígnias reforçaram as suas quotas de mercado, com destaque para o forte desempenho da Biedronka", comenta Pedro Soares dos Santos, administrador delegado da Jerónimo Martins, em comunicado enviado ao mercado.
Subscrever newsletter
Subscreva a nossa newsletter e tenha as notícias no seu e-mail todos os dias
"Em Portugal, e mesmo sofrendo o impacto da deflação registada na categoria de frutas e legumes, o Pingo Doce manteve a robustez da sua posição de mercado. O terceiro trimestre foi também positivo para o Recheio, que soube capturar as oportunidades e vantagens de um canal HoReCa revitalizado", continua o responsável do grupo.
"Num contexto de subida dos salários mínimos em Portugal e na Polónia, o Pingo Doce iniciou, depois da Biedronka o ter feito, uma revisão dos seus pacotes remuneratórios", refere ainda.
Em Portugal, no caso do Pingo Doce o "processo de revisão e ajustamento dos pacotes remuneratórios que se encontra em curso exercerá, já no quarto trimestre, uma pressão adicional sobre a margem EBITDA que se espera venha a ser parcialmente compensada pelo bom desempenho da companhia", refere o grupo nas perspetivas para o quarto trimestre.
Polónia: vendas da Biedronka já representam 67,9% dos resultados da Jerónimo Martins
No terceiro trimestre as vendas da Biedronka subiram 12,6%, para 2,8 mil milhões de euros, elevando para 8,1 mil milhões as vendas da cadeia na Polónia. Resultados que representam 67,9% dos resultados da Jerónimo Martins nos primeiros nove meses do ano.
Até setembro, a cadeia abriu 46 lojas (31 adições líquidas) e remodelou um total de 150 espaços.
Na Polónia, a cadeia Hebe fechou os primeiros nove meses do ano com vendas de 115 milhões de euros, mais 36% do que em relação ao ano passado, tendo aberto 14 lojas, elevando para 166 o número de localizações da cadeia de produtos de beleza.
Portugal: Deflação do cabaz alimentar levou a menor crescimento no Pingo Doce
"No terceiro trimestre, o Pingo Doce enfrentou a mais difícil comparação com o desempenho do ano anterior o que com a deflação alimentar registada no seu cabaz levou o Like for Like (excluindo combustível) a atingir -0,9%", informa a Jerónimo Martins.
"As vendas totais, no trimestre, cresceram 1,3%, reforçando a quota de mercado", diz o grupo. Já no acumulado do ano, a vendas cresceram 2,4% para 2,7 mil milhões de euros, com o LFL (excl. combustível) a subir 0,3%.
Pingo Doce remodelou 19 lojas e inaugurou 7 novas localizações (6 adições líquidas).
Os resultados da Recheio beneficiaram do "contexto favorável" da atividade turística, com a cadeia a registar um crescimento de 7,6%, para 713 milhões de euros, face aos primeiros nove meses do ano passado.
Colômbia: Ara com 312 lojas até setembro
Na Colômbia, a Ara registou vendas de 289 milhões de euros, 77,8% acima do ano anterior. Até setembro, a cadeia abriu 92 lojas, elevando para 312 o número de localizações no país.