A Prisa estava "avaliar a situação" gerada pelo fim da compra da TVI pela Cofina e já informou o mercado da sua decisão. "A companhia vai iniciar todas as ações contra a Cofina previstas no acordo de compra e venda".
Contactado pelo Dinheiro Vivo, grupo de media liderado por Paulo Fernandes não quis comentar.
"A conclusão da compra e venda estava apenas pendente" da concretização do aumento de capital para "financiar parcialmente" a operação, lembra a Prisa. "De acordo com as informações prestadas pela Cofina no acordo de Compra e Venda e comunicações ao mercado, a Cofina tinha os compromissos necessários para financiar o montante requerido para completar a transação, de um lado de instituições de crédito e, por outro lado, dos acionistas relevantes da Cofina no montante necessário para cobrir o aumento de capital".
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"Face a isto, a companhia (Prisa) irá iniciar a partir desta data todas as ações contra a Cofina previstas no acordo de compra e venda".
Na informação que chegou a ser partilhada com os investidores, a Cofina explicava que iria financiar a operação através de um empréstimo de 220 milhões, assegurado pelo Santander e Crédit Suisse (os bancos financiadores), bem como por um aumento de capital até 85 milhões de euros. Deste montante, 50 milhões seriam usados para pagar os custos de transação e refinanciar a atual dívida líquida da Cofina. Excluindo o capital em free float, metade do aumento de capital seria assegurado pelos atuais acionistas, sendo que os mesmos iriam manter mais de 50% do capital depois do aumento de capital.
O empresário Mário Ferreira, da DouroAzul, e o banco galego Abanca (acionista da Media Capital) iriam participar no aumento de capital. O empresário já reagiu ao fim do negócio e revelou ao Dinheiro Vivo que se tratou de uma decisão "unilateral" da Cofina e dos seus acionistas.
O banco galego Abanca, contacto pelo Dinheiro Vivo, não quis comentar esta situação.
"A Prisa continuará com a rota focada nos seus ativos de educação e media estratégicos e ao mesmo tempo irá manter uma política ativa de desinvestimento nos seus ativos não core", disse ainda o grupo de media em comunicado.
(notícia atualizada às 17h07 com reação do Abanca)