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Não é novidade que a TAP não tem planos para devolver ao Estado a injeção pública de 3,2 mil milhões de euros e o ministro das Infraestruturas voltou, esta quarta-feira, 21, a afastar este cenário da equação. "Não é sustentável devolver o dinheiro aos portugueses se quisermos manter todas as relações laborais e todos os contratos existentes", assegurou João Galamba que está a ser ouvido numa audição regimental na Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, no Parlamento
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O ministro negou aos deputados que os lucros de 65,6 milhões de euros da companhia, reportados ontem, resultem "dos cortes de emergência" mas sim das "receitas acima do esperado". Questionado sobre se a TAP vai aliviar os cortes salariais aos trabalhadores, atualmente fixados em 20%, o governante respondeu que "já houve ajustes", referindo-se à redução em 5% destes cortes, e remeteu o futuro para os novos Acordos de Empresa (AE).
"A administração está a negociar com os sindicatos os novos AE, que têm de estar alinhados com a sustentabilidade da empresa", adiantou.
Galamba garantiu ainda que "a TAP precisa de ser mais produtiva, ter mais horas de voos e alinhar as práticas com os seus congéneres" atestando que, antes do plano de reestruturação aprovado pela Comissão Europeia, que definiu, entre outros remédios, despedimentos e reduções nas remunerações, existia "falta de sustentabilidade em toda a TAP e também na parte laboral". "Os novos AE têm de estar alinhados com a média do setor", reforçou.
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