A Toys ‘R’ Us prevê investir 20 milhões de euros em quatro anos na abertura de 20 lojas, parte delas em regime de franchising. Novos formatos, como lojas para bebés e espaços mais pequenos para o centros urbanos, estão nos planos da companhia. A cadeia, detida desde agosto a 60% pelo fundo português Green Swan, tem como objetivo em 2022 faturar 250 milhões.
Em quatro anos a empresa quer faturar 250 milhões de euros, valor acima dos atuais 215 milhões faturados em 2017. “Este ano esperamos fechar um pouco abaixo deste valor”, devido à crise que atingiu a empresa no verão, diz Paulo Sousa, citado pelo Expansion. O EBITDA (17 milhões o ano passado) também deverá recuar em 2018, apontando o responsável que o mesmo se situe em 2022 nos 25 milhões, com uma margem operativa de 10% (uma subida face aos 8% registados o ano passado).
Uma das formas de melhorar os resultados será através de marcas próprias. Mas não só. A empresa também pretende ampliar o seu público-alvo. O foco atual é crianças entre os 0-8 anos, mas a companhia pretende impulsionar a linha Babies ‘R’ Us e acima dos 8 anos, com artigos colecionáveis e merchandising de música e filmes. “Todos os dias temos mais avós nas lojas e não falamos com eles, estamos estudando como chegar a este público”, diz Paulo Sousa.
Em quatro anos, a empresa quer abrir 20 lojas, parte em franchising, fórmula que será usada em novos formatos como as lojas Toys ‘R’ Us Express nos centros das cidades. Também está ser equacionado a abertura de lojas Babies ‘R’ Us, exclusivamente com produtos para bebés.
Nos planos da empresa está ainda a criação de uma academia, onde irá disponibilizar aulas de matemática ou química conjugando jogos educativos com a experiência de professores, bem como uma aceleradora de startups de jogos em Madrid. Dois projetos que deverão arrancar no primeiro trimestre de 2019.
Uma aposta que não passa apenas pelo crescimento orgânico. A empresa fez uma proposta para a compra da cadeia Poly, com 56 lojas e mais de 40 milhões em vendas. Não ganharam, mas reclamaram da decisão.
Nos planos da empresa estão novas aquisições, tanto no mercado ibérico, como fora, mas nesse último caso teriam de operar sob outra marca. “A concentração é inevitável no mercado dos jogos”, considera o CEO da Toys ‘R’ Us Ibéria.