Metaverso. A próxima obsessão de Silicon Valley

Ali pelos lados de 2006 houve uma fase de loucura com a vida simulada online, numa plataforma chamada Second Life onde as pessoas podiam dar asas à sua imaginação em experiências virtuais realistas. Este ambiente virtual 3D permeado por avatares deu-nos um cheiro do que iria ser a transição para vidas filtradas pela digitalização. Há hoje tantas formas de encarnar outras vidas online que a novidade se dissipou, mas o Second Life, criado pela Linden Lab em 1999, continua a existir como um videojogo e mantém uma certa mística.

Como é que o Facebook adivinha no que estou a pensar?

No intervalo de um dos jogos que Portugal não ganhou neste Europeu, uma amiga mencionou casualmente alguém que tinha experimentado botox. A conversa foi breve e inconsequente, mas nessa noite comecei a ver anúncios a botox no feed do Instagram. Não tinha feito pesquisas sobre isso nem estado perto de uma clínica de tratamentos de beleza. A coincidência foi ligeiramente arrepiante, tal como em tantas outras instâncias no passado em que pareceu inegável que alguém estava a ouvir conversas através do meu smartphone.

Ana Rita Guerra

Darth Zuckerberg e o império Facebook

No intervalo dos Globos de Ouro, que foram transmitidos este fim-de-semana na NBC, os espectadores assistiram a um anúncio que a Apple tem promovido nos últimos meses. Nele, pessoas em situações corriqueiras partilham informação pessoal em voz alta e com estranhos - como a mulher que dá aos transeuntes o seu número de cartão de crédito através de um megafone. A mensagem da Apple é esta: os dados pessoais não devem ser partilhados e o iPhone é o telemóvel que permite manter essas informações privadas.