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As Bolsas Santander Futuro voltaram pela segunda vez este ano e já estão a aceitar inscrições desde o dia 6 de outubro, prolongando-se o prazo das mesmas até dia 22 de novembro. Destinadas a ajudar estudantes universitários com recursos económicos limitados, terão de ser feitas online, na plataforma de bolsas do Santander.
Esta 2ª edição das Bolsas Santander Futuro 2021 oferece 436 vagas, que serão distribuídas por 16 faculdades com convénio com o Santander Universidades, e têm o valor de 500 ou 1.000 euros, consoante a necessidade de apoio social do candidato.
"São bolsas essencialmente de apoio social, dedicadas a estudantes que necessitam de um complemento financeiro para continuarem os seus estudos no ensino superior", explica Cristina Dias Neves, diretora do Santander Universidades, o programa de mecenato do banco com o mesmo nome dedicado ao ensino superior. A responsável adianta ainda que as Bolsas Santander Futuro se destinam a estudantes de 1º ciclo e 2º ciclo, portanto, de licenciatura e mestrado.
Futuro inquinado
"Está provado que alunos com condições socioeconómicas mais modestas têm mais desvantagens logo à partida do que aqueles que têm condições mais confortáveis", afirma Cristina Dias Neves. E a responsável avança que este é um fator que se verifica no ciclo de estudos logo desde o início: "Vai do pré-escolar até ao ensino superior", diz.
No caso do ensino superior, além da mais drástica desistência do curso para aqueles que não podem suportar os seus custos, há estudos que provam que as dificuldades económicas provocam preocupação constante e stress, dando lugar à falta de concentração e má prestação em testes e exames. Facto a que Cristina Dias Neves também alude. O saldo de tudo isto são notas baixas, médias baixas, menos oportunidades, um futuro inquinado.
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Cristina Dias Neves, diretora do Santander Universidades
© Santander Universidades
É por esta razão que "nós consideramos que todos estes apoios, por muito modestos que sejam, fazem grande diferença na vida de um aluno e na vida da sua família", diz Cristina Dias Neves. "E pela experiência que temos com os cerca de 50 convénios com instituições de ensino superior em Portugal, e mil no mundo inteiro, que chegámos à conclusão de que seria então muito benéfico que nós conseguíssemos fazer estes programas: um programa de bolsas, que já tem neste momento três anos, dirigido essencialmente a estudantes com dificuldades financeiras", sublinha a responsável do Santander.
Até porque, faz questão de acrescentar, as Bolsas Santander Futuro podem complementar outros apoios sociais que os alunos já tenham recebido do Estado português ou de outras entidades. "Mas há também uma franja da nossa população da classe média que necessita de apoio", afirma e explica. "Porque uma família atualmente com dois filhos a estudar na universidade, não precisa de ter rendimentos muito baixos para ter muita dificuldade em conseguir manter estes dois jovens, sobretudo se estiverem deslocados noutra cidade", conclui.
É em parte por isso, também, que esta é já a 2ª edição este ano da Bolsas Santander Futuro, depois da edição-surpresa lançada em março-abril.
"Essas bolsas foram atribuídas no início do ano pois nós considerámos que, face à crise Covid, havia de facto uma necessidade muito grande por parte das famílias de terem esse tipo de apoio extraordinário. E o que é certo é que tivemos uma quantidade de candidatos muito muito grande para as cerca de 350 bolsas que foram colocadas", remata a responsável do Santander Universidades.