Spin-off Circle: "As empresas deste clube estão a gerar à volta de 48 milhões de euros por ano"

Clube The Circle tem 99 empresas ativas, todas elas geradas com base no conhecimento científico e tecnológico da U.Porto

Chama-se The Circle e quase parece algo cabalístico, mas é apenas um clube que reúne as empresas spin-off da Universidade do Porto, isto é, aquelas que foram geradas com base no conhecimento científico e tecnológico desta instituição nortenha do ensino superior. Na passada quarta-feira, 27 de outubro, The Circle, que teve como seu primeiro parceiro o Santander Universidades, passou a contar com mais um: o UPTEC - Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto. A formalização da parceria decorreu na conferência BIN@Porto 2021 (ver notícia ao lado), onde The Circle aproveitou para fazer uma apresentação das empresas que o integram e um ponto de situação do clube.

Este foi o primeiro evento presencial do clube de spin-offs da U.Porto desde 2019. Um facto que permitiu aos vários empresários reatarem contactos e fazerem outros novos. Pelo menos assim, contou André Fernandes, diretor da U.Porto Inovação.

Disse o responsável que o ponto de situação do U.Porto Spin-off Circle - como é a sua designação mais oficial - feito na conferência foi assim como que mostrar uma fotografia do clube "muito baseada em números".

"Comunicámos que neste momento estamos com as tais 99 empresas ativas, portanto no limiar das 100, que é aquela marca sempre interessante de atingir. Também, com base numa recolha de dados que fizemos junto das empresas spin-off conseguimos contabilizar investimento captado por estas empresas na ordem dos 155 milhões de euros; e pela contabilização que fizemos, as empresas deste clube, estão a gerar à volta de 48 milhões de euros , o que dá uma receita média [anual] à volta de 480 mil euros", revelou André Fernandes. "É uma média e é sempre preciso ter cuidado com as médias", avisou logo de seguida, "mas é média anual referente ao ano de 2020."

Um mapa de atividades

Quanto ao leque de atividades, a maior parte das empresas no The Circle desenvolve negócios B2B. Já com referência aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, disse André Fernandes que foi feito um mapeamento das quase 100 empresas do clube.

Setorialmente, "a maioria das empresas contribui para o objetivo de Inovação na Indústria e Infraestruturas; em segundo lugar, a maior parte das empresas contribui para uma Saúde de Qualidade, portanto, podemos estar aqui a enquadrá-las mais no setor da saúde e qualidade; e, em terceiro lugar, vêm as empresas que contribuem para Cidades e Comunidades Sustentáveis."

De acordo com o presidente da U.Porto Inovação, também este mapa foi apresentado durante o ponto de situação feito na BIN@Porto 2021 e, em termo gerais, o clube teve "um bom acolhimento" por parte dos empresários que tomaram contacto com The Circle.

A importância dos parceiros

A concretização da parceria entre The Circle e a UPTEC foi tambémum dos pontos na agenda de quarta-feira e André Fernandes não escondeu a sua satisfação.

"O clube, para além das empresas spin-off, conta com entidades parceiras que, pela sua missão, pelo que podem trazer ao clube, é muito vantajoso que estejam connosco", admitiu o responsável. Depois de fazer a ressalva de que muitas das spin-offs do clube já estão ou já estiveram na UPTEC (e tiveram de sair, por exemplo, devido à sua dimensão), André Fernandes explicou a sua satisfação: "Uma das vantagens da UPTEC estar connosco é que as valias que pode trazer do ponto de vista de desenvolvimento de negócio, de networking, de internacionalização para as empresas que estão no parque também podem ser aproveitadas pelas que não estão".

A UPTEC torna-se assim o terceiro grande parceiro do The Circle, referiu. "O Santander Universidades foi a primeira entidade-parceira do The Circle, portanto, entrou para o clube como entidade parceira em 2018, e seguiu-se a Porto Business School.

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