Comércio online cresceu 80% em pouco mais de um ano

CTT apresentou alguns resultados do seu recente estudo sobre e-commerce, que mostra como este canal de vendas foi crucial na pandemia e veio para ficar.

"O comércio eletrónico é um pilar de extrema importância para o desenvolvimento estratégico dos CTT, não só porque contribui para o aumento do fluxo postal, através das encomendas que chegam a Portugal, nomeadamente da China, mas principalmente porque é o segmento que mais ajuda a desenvolver a nossa área de expresso e encomendas, o nosso principal pilar de transformação e de crescimento" afirmou João Bento, CEO dos CTT, na sessão de abertura do evento CTT e-Commerce Moments. A iniciativa, promovida pela empresa, que se realizou nesta semana pela quarta vez, decorreu em formato inteiramente digital e foi dedicada ao tema "The next normal. Becoming stronger with the e-Commerce".

O responsável dos CTT referiu que o papel do e-commerce foi decisivo em tempos de pandemia, sobretudo para as PME que aderiram pela primeira vez ao mundo digital, e que os CTT reforçaram a sua posição de liderança neste segmento com a entrega de mais de 50% das encomendas originadas no online. "A pandemia acelerou o processo de digitalização em dois ou três anos e verificou-se que o volume de encomendas no mercado doméstico aumentou cerca de 30%, e se registou um crescimento de mais de 90% de entidades a vender em comércio eletrónico.

Acreditamos que isso aconteceu, em parte, graças ao contributo da CTT", explicou.
João Bento revelou ainda que a companhia quer manter o seu posicionamento de parceiro das empresas nesta área e que a inovação constante é um dos pilares da sua estratégia. Para isso, a CTT desenvolveu em parceria com a indústria uma solução de lockers (cacifos automáticos para as compras online) que já estão instalados em cem localizações, mas que "queremos multiplicar várias vezes este número no próximo ano", revelou. Ainda nesta área da inovação, a empresa lançou também um pacote de plugins de expedição que integram diretamente com as lojas online e que fazem integração com plataformas como o Shopify e a Magento.

Alberto Pimenta, head of e-commerce, apresentou, de seguida, as principais tendências recolhidas através dos dados do mercado e da resposta das empresas que compõem o painel Barómetro CTT E-Commerce, que permitem acompanhar o pulsar do setor em Portugal. Este responsável refere que o primeiro grande ponto de destaque é que a pandemia fez disparara o comércio digital e que este foi muito alavancado pelo mercado doméstico. "Durante pouco mais de um ano tivemos um crescimento de 80%, o equivalente ao mesmo crescimento agregado dos últimos cinco anos", diz. Este crescimento foi também sentido pelo painel CTT, em que mais de dois terços dos inquiridos afirmam que a crise de covid-19 fez crescer as suas vendas online em mais de 50% e que para este ano, ainda que tenha desacelerado, este crescimento se deverá situar entre os 40% e os 60%.

Ora, este incremento foi resultado de duas variáveis: por um lado houve mais 15% de e-buyers - Portugal foi dos países europeus que mais cresceu em novos compradores digitais -, mas também houve um aumento de recorrência de compra, que subiu 25%. Ou seja, os portugueses passaram a fazer, em média, 20 compras online por ano. Por outro lado, 40% do painel inquirido pelos CTT, referiu que o mercado doméstico vai representar um aumento de 20% nas suas compras online, e para isso tem sido importante a aposta nos marketplaces, como é o caso do Dott, participado pelos CTT.

Solução para o negócio

No primeiro painel de debate, dedicado ao tema "Future of retail. Driving the growth with e-Commerce", participaram diversas empresas que revelaram à audiência as suas experiências digitais em tempos de pandemia. A Parfois, foi representada por Juan Redondo, chief digital transformation officer, a Hôma por Joana Rocha, e-Commerce manager, a SportZone por Jorge Simões, head of Marketing & e-Commerce, a Gato Preto por Carolina Afonso, diretora de Marketing e Digital. Por fim, Patrícia da Costa, key account & trade marketing manager mostrou como a L"Oréal transformou em digital um importante evento de vendas diretas. Todos os testemunhos mostraram como o comércio online teve um peso importante na estratégia de vendas das suas marcas.
Seguiu-se um segundo debate, dedicado às PME e como se aventuraram neste novo mundo digital. Estiveram presentes Carlos Silva, administrador executivo da InvestBraga, Sílvia Correia, consultora de Marketing da Creative Zone, Fernando Igreja, administrador da Eupoupo, Hugo Sousa, diretor-geral da HMS Sports e João Barreiros, co-CEO da DoZero.

Esta iniciativa premiou ainda as melhores práticas, destacando empresas em diversas categorias, distinguidas com um selo Gold. Na categoria CTT Comércio Local foi vencedora a Artesanato Duarte, na categoria Lojas Online Mais Vendas ganhou a Espaço Casa, na Dinâmica Diferenciada de Vendas destacou-se a Samipe, na categoria Costumer Experience venceu novamente a Espaço Casa, e por fim, na área Lojas de Nicho destacou-se a Saboaria da Sofia.

João Sousa, administrador da CTT, encerrou o evento, resumindo que o e-Commerce foi a tábua de salvação para muitos pequenos produtores e comerciantes durante a pandemia e que esta acelerou a transição digital, elevando-a a um novo patamar. "Somos uma empresa realizada porque fomos um player importante na resposta dos negócios à pandemia. Lançámos muitas ofertas e soluções, fizemos parcerias, com a Uber, por exemplo, e transferimos até feiras tradicionais, algo inovador no país para as plataformas online", remata.

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