Atomico. Há 765 milhões para investir e as startups portuguesas estão no radar

É o maior fundo a nível europeu, da empresa fundada por Niklas Zennström, o co-fundador e CEO do Skype

Lembra-se de quando a Uniplaces, em 2015, fez manchete nas notícias ao angariar um investimento de 22 milhões, na maior ronda de Série A de uma startup portuguesa? O negócio tinha sido liderado pela Atomico, uma capital de risco internacional, fundada em 2006 por Niklas Zennström, o co-fundador e CEO do Skype.

A empresa de investimento tem novo fundo e, veio avisar, está de olho em Portugal. O quarto fundo da Atomico é composto por 765 milhões de dólares (724,50 milhões de euros) e é o maior a nível europeu. Está destinado a empresas tecnológicas em Série A (fase de pós lançamento) ou mais avançadas, que tenham em vista a escala e que pretendam tornar-se líderes globais nos setores em que atuam.

Acabámos de angariar um dos maiores fundos e construímos a melhor equipa operacional da Europa para nos juntarmos aos mais ambiciosos empreendedores e ajudá-los a ser a referência global no setor onde atuam", indica em comunicado Niklas Zennström.

A gestão do fundo da Atomico vai ficar ao cargo de duas equipas: uma especializada em investimento e outra constituída por elementos de criação de valor, compostas por ex-colaboradores de algumas das maiores startups e empresas tecnológicas mundiais, como a Uber, o Facebook, a Google, o Spotify e a Virgin.

O anterior fundo da Atomico tinha sido lançado em 2013 com 476.6 milhões de dólares (452,11 milhões de euros).

Próxima Uniplaces?

A startup portuguesa de alojamento universitário foi a primeira portuguesa a ser investida pela sociedade de Niklas Zennström. No entanto, a equipa da Atomico tem estado atenta ao ecossistema empreendedor português. "Estamos muito otimistas com Portugal, que está a amadurecer a nível de startups. Há boas empresas e boas universidades, o que acaba por ser uma vantagem competitiva em relação a outros mercados" explicou ao Dinheiro Vivo, Carolina Brochado, partner da Atomico em Portugal.

A responsável assegura que é preciso haver mais investimento nos projetos português para que eles possam vir a trazer o retorno e o reconhecimento que o país precisa. "Mas já muito está a ser feito. Em 2012 só foram investidos três milhões de dólares em startups portuguesas. Esse valor subiu para 51 milhões no ano passado."

Carolina Brochado assume que a Atomico está à procura de mais startups portuguesas para o portfolio da sociedade de capitais de risco e revela até que já estão em conversações com algumas. "Ainda é tudo confidencial, mas temos falado, sim, com algumas empresas. Da área da inteligência artificial e das fintech, que são setores que nos interessam muito. E em Portugal, há startups que conjugam os dois e que têm muito sucesso".

E para quem quiser chegar até à Atomico e poder aproveitar o novo fundo que agora é lançado, o conselho que a responsável deixa é: usem o networking. "Se chegarem até nós através de parceiros, como a Caixa Capital, a Shilling ou até a própria Uniplaces, o contacto terá muito mais credibilidade. Em todo o caso, estamos sempre disponíveis para quem quiser vir conversar connosco", garante Carolina.

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