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Foi em fevereiro deste ano que a Casa do Impacto lançou um fundo anual de 500 mil euros, +Plus, para novos projetos que queiram resolver desafios ambientais e sociais. Dez meses depois, a associação da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa já escolheu os 10 projetos que serão investidos, num total de 435 mil euros, segundo o anúncio feito na segunda-feira.
O investimento da Casa do Impacto nestes projetos será feito de duas formas, na vertente de teste e de early stage.
Na vertente de teste (+Seed), há um limite de investimento de 20 mil euros por projeto: "as ideias ainda não iniciadas deverão contar com o início de implementação no prazo máximo de 1 ano, a contar da data da atribuição do financiamento. Estas ideias serão acompanhadas ao longo dos próximos 12 meses.
Na vertente de early stage (+Scaling), os projetos devem têm até 3 anos e o valor máximo de investimento por projeto é de 100 mil euros. Estas ideias serão acompanhadas ao longo dos próximos três anos.
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"O mecanismo do pagamento por resultados fez com que as equipas fossem muito ambiciosas nas métricas de avaliação e serão também no atingir dos resultados, o que é muito benéfico para o impacto dos projetos na sociedade e resolução dos desafios propostos. Atingidas as metas, vamos soltando parcelas do investimento", explica a líder da Casa do Impacto, Inês Sequeira, citada em comunicado.

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Foram apresentadas 135 candidaturas na primeira fase. Em julho, foram pré-selecionados 35 projetos, que beneficiaram, em setembro, do acesso a seminários virtuais. Um júri escolheu, de forma unânime, os 10 projetos que vão receber investimento.
Na vertente de early stage foram selecionados três projetos, com investimento entre 50 e 100 mil euros cada:
GoParity - plataforma de finanças pessoais e investimento de impacto que junta investidores a projetos sustentáveis;
MyPolis - aplicação web que permite aos jovens participar nas decisões da sua cidade e exercer a cidadania de forma direta, simples e divertida;
Manicómio - espaço de criação artística e galeria dedicado à capacitação e reinserção psicossocial e profissional de pessoas com doença mental.
Na vertente de teste, foram selecionados sete projetos, com investimento entre 10 e 20 mil euros cada:
Mentora Health - pretende desenvolver uma solução tecnológica (mobile and data-driven) que contribua para uma melhoria da qualidade de vida dos doentes oncológicos;
DiVERGE for Good - visa dotar jovens em bairros problemáticos e em contexto NEET de competências sociais e técnicas, tornando-os microempreendedores do seu próprio negócio de sapatilhas;
Music Seeds - plataforma online na qual músicos reconhecidos mundialmente criam músicas novas em colaboração. Cada tema criado é associado a uma causa e todos os lucros provenientes da exploração desse tema (streaming, vendas, sincronização em anúncios e filmes...) revertem para essa causa;
Rural Invest - comunidade para promoção do investimento e do repovoamento das zonas rurais e de baixa densidade:
MAD Panda - pretende ser o epicentro de apoio a associações de animais, um elemento facilitador que ajuda a melhorar o trabalho das associações que estão no terreno, garantindo a transparência nos processos de investimento e aplicação dos montantes;
Maria - ajuda o desenvolvimento das capacidades de estudantes e jovens adultos cuidadores informais de doentes mentais, por via de uma rede de suporte acessível, personalizada e conveniente, através da criação de uma comunidade de pares, onde cuidadores experientes se voluntariam para serem mentores de cuidadores inexperientes:
Beat The Butt - produto 2 em 1 (porta-tabaco com cinzeiro acoplado), resistente ao cheiro e capaz de levar pelo menos 20 beatas, criado para combater o principal motivo pelo qual os fumadores deitam beatas para o chão: a falta de infraestruturas, como baldes do lixo.