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A Platforme nasceu em 2016 para personalizar a moda de luxo através da tecnologia. A Springkode arrancou em 2018 com uma plataforma online para a venda de artigos da fábrica diretamente para o consumidor. A partir desta terça-feira, as duas startups são só uma: a Platforme comprou a Springkode e pretende acelerar a transformação da moda para o mundo digital e para um modelo mais sustentável.
A operação foi anunciada através de comunicado mas não foi revelado o montante envolvido. O que se sabe é que a Platforme, liderada por Gonçalo Cruz, vai colocar a indústria cada vez mais perto do consumidor e dos pontos de venda. Esta solução torna a moda mais sustentável: há menos coleções desperdiçadas, com menores impactos para o ambiente e maior eficiência para as empresas.
Os trabalhadores da Springkode, liderada por Reinaldo Moreira, vão ser absorvidos pela Platforme ainda neste trimestre.
O negócio surge depois de, no final de 2020, a Springkode ter deixado de ter disponíveis na sua plataforma os produtos fabricados por mais de duas dezenas de fábricas. Numa publicação na sua página oficial, a empresa falava de um ano de 2020 "desafiante e emocionante", que convidada a plataforma a "refletir e a ponderar qual a melhor forma de continuar a nossa jornada".
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Em março, no início da pandemia em Portugal, os parceiros da Springkode viram as suas encomendas canceladas. A produção de máscaras acabou por servir como balão de oxigénio para os seus parceiros, conforme escreveu em julho o Dinheiro Vivo.
"Decifrar fórmulas para encontrar avanços tem sido uma das coisas mais difíceis de fazer na história da moda, principalmente devido à falta de evolução que a indústria tem sofrido quando comparada com outras. Estamos muito confiantes que a nossa combinação de engenheiros de software e industriais, ao lado de cientistas de dados, vai colocar-nos numa excelente posição para liderar a incrível evolução que veremos nas próximas décadas", antecipa Gonçalo Cruz, citado em comunicado.
Do lado da Springkode, Reinaldo Moreira destaca o "alinhamento perfeito" dos valores desta startup com a Platforme. "Vemos esta mudança como a melhor maneira de atingir, com mais rapidez, o nosso objetivo de reduzir a pegada ambiental da moda, remodelar a forma como a indústria da moda funciona e entregar mais valor a todas as partes envolvidas na cadeia de abastecimento", acrescenta o fazedor.
A Platforme nasceu em 2016 como Ripe Productions, contando como Gonçalo Cruz, José Neves e Demiri como fundadores. Até agora, já amealhou perto de 18 milhões de euros de financiamento. Além do centro tecnológico no Porto, esta startup tem um escritório em Londres.