A HUUB, uma startup que opera na área da logística para o segmento da moda, fechou uma ronda de financiamento no valor de 2,5 milhões de euros. O montante pode subir nos próximos meses.
Lançada em 2015 por Luís Roque, Tiago Paiva, Pedro Santos e Tiago Craveiro, a HUUB quer facilitar as operações de logística para retalhistas de moda, trabalhando para isso “toda a gestão da cadeia de abastecimento”, explica o CEO, Luís Roque. “Isto significa que gerimos 100% do fluxo físico, a nível global, de todas as marcas que trabalham connosco.” Para isso, tem uma plataforma, a Spoke, que lhes permite fazer o acompanhamento total das encomendas.
No portfólio da startup estão mais de 40 marcas - sobretudo internacionais - que produzem em várias geografias. A HUUB traz a mercadoria para a Europa, onde tem dois centros (um em Portugal e outro na Holanda) “e é a partir destes dois hubs que fazemos o abastecimento a nível global”. “Temos muitos componentes de inteligência por detrás desta gestão da rede. Trabalhamos muito a otimização e hoje já não são pessoas a tomar a decisão se determinada mercadoria deve vir para o nosso armazém na Holanda ou para o de Portugal. São os nossos modelos.” Para conseguir que os bens cheguem de um ponto ao outro, a tecnológica tem parcerias com operadores de logística.
Depois de ter obtido um financiamento de 350 mil euros no passado, a empresa angariou agora 2,5 milhões de euros, numa nova ronda de investimento. “O nosso early stage é o triplo da média do seed na Europa e isto aconteceu por uma questão de tração e porque a ronda em si foi oversubscribed”, tendo assim a procura excedido a oferta. “Acabámos por tomar a decisão de avançar com um lead investor, que é português. Estamos ainda a trabalhar e a ronda pode engrossar se houver mais fases. Houve uma demonstração de interesse de várias outras partes e estamos a canalizar esse interesse sobretudo internacional.”
Com esta verba, a HUUB quer apostar na expansão do número de marcas com que trabalha. “Estamos a falar de incrementar a nossa base de clientes e marcas, atingindo valores entre as 150 e as 200 marcas até ao final de 2019.”
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Luís Roque sublinha que, entre as metas para o futuro, está também “investir no polo tecnológico que vamos manter em Portugal”. A startup tem uma equipa de 40 pessoas, estando atualmente a recrutar. “O que se espera é que até ao final do ano tenhamos entre 60 e 70 pessoas. Estamos a contar terminar 2019 com 80 a 90 pessoas.”