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Se vai ter direito a reembolso do IRS, já pensou que destino vai dar a este dinheiro extra? Os reembolsos do imposto vão cair na conta dos contribuintes até 31 de julho.
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Neste artigo, damos-lhe cinco ideias para investir o reembolso do IRS.
Pagar dívidas
Se tem uma dívida no cartão de crédito pode aproveitar o reembolso do IRS para a liquidar. Evite usar o cartão de crédito nas suas compras e mude para a modalidade de pagamento a 100%. Assim, vai evitar pagar juros relativamente a estas compras.
E no caso de ter créditos pessoais, aproveite também o este dinheiro extra para fazer amortizações. Os créditos pessoais têm taxas de juro altas e um prazo curto, o que se traduz, não só num empréstimo caro, como em prestações com um peso significativo no seu orçamento mensal.
Imagine que consegue diminuir uma prestação mensal de um crédito para metade. Além de ficar mais perto de acabar de pagar a sua dívida, pode usar o valor mensal que lhe sobra para aplicar numa poupança ou até num investimento de baixo risco.
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Reforçar o fundo de emergência
O reembolso do IRS pode também ser usado para reforçar - ou caso não tenha, começar a criar - o fundo de emergência.
Um fundo de emergência é uma almofada financeira para acautelar despesas que não estavam previstas no orçamento. Imagine que tem uma avaria no carro ou fica sem rendimentos, por exemplo. O fundo de emergência funciona como se fosse o seu próprio banco. Isto é, se precisar de dinheiro numa emergência - e não conseguir pagar com o dinheiro que tem à ordem -, não terá de pedir crédito ou usar o cartão de crédito.
Este fundo deve ser igual a seis meses do seu rendimento mensal (sendo que o ideal é que seja 12 meses). Por isso, usar parte do seu reembolso para construir este pé-de-meia pode ser uma boa opção. É que crie este hábito para aumentar a sua rede de segurança caso aconteça algum imprevisto.
Leia também: Quanto tempo demora o reembolso do IRS?
Pagar despesas futuras
Encargos como o pagamento do IMI, seguro do carro ou até mesmo o regresso às aulas, são sazonais e podem fazer desequilibrar o orçamento quando não são bem planeados.
Por isso, outra ideia para aplicar o reembolso do seu IRS é antecipar este tipo de despesas. Deste modo, não vai precisar de mexer no rendimento do mês em que caem esses pagamentos.
Leia também: Enganou-se no IRS? Saiba o que deve fazer
Subscrever certificados de aforro
Atualmente, os certificados de aforro são o produto com capital garantido mais rentável do mercado. Por isso, se não quiser fazer um investimento arriscado, aplicar o seu reembolso do IRS num certificado de aforro pode ser uma boa ideia.
Estes produtos podem ser subscritos em alguns balcões dos CTT ou pela internet, através da AforroNet, a plataforma da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, com um montante mínimo de 100 euros.
A grande vantagem dos certificados de aforro é que os juros são calculados mensalmente com base na média da Euribor a três meses. Com a subida deste indexante, sobe também a taxa de juro. Ao dia de hoje, a taxa de juro dos certificados de aforro está a 3,5%, a taxa de juro máxima permitida por lei.
Além disso, é ainda aplicado um prémio de permanência de 0,5% para os títulos detidos entre o segundo e o quinto ano de permanência, e 1% entre o sexto e o décimo ano. Ou seja, na melhor das hipóteses, a remuneração dos certificados de aforro pode atingir os 4,5% brutos.
Estes produtos têm um prazo de 10 anos. Mas é possível resgatar o dinheiro mais cedo, após três meses, sem qualquer penalização. Se não levantar a sua poupança antes, irá recebê-la, com os juros que tiver ganho, 10 anos depois.
Investir num PPR
Por fim, pode usar este rendimento extra para preparar a sua reforma, ao investir num Plano Poupança Reforma. Existem dois tipos de PPR: os fundos e os seguros.
Os fundos PPR comportam mais risco que os seguros. Neste tipo de aplicação, o aforrador pode perder o capital investido. Mas também pode ganhar muito mais do que nos seguros PPR. Por outro lado, os seguros PPR têm sim um capital garantido, e não existe o risco de perda do dinheiro investido.
Leia também: Onde aplicar o meu reembolso do IRS para ganhar dinheiro?
E além de complementarem o valor da sua reforma, os PPR concedem benefícios fiscais à entrada e à saída. Vai poder deduzir à coleta, na declaração de IRS, 20% do valor aplicado por ano. E quanto mais novo, mais pode deduzir:
· Até 35 anos: pode deduzir até 400 euros se tiver aplicado 2.000 euros;
· Dos 35 anos aos 50 anos a dedução vai até 350 euros, se tiver investido 1.750 euros;
· Dos 50 anos até à idade da reforma a dedução máxima é de 300 euros, sendo que deve ter aplicado 1.500 euros.
Na hora do resgate, os PPR pagam menos impostos que outros investimentos. Caso levante um PPR antes dos cinco anos, vai beneficiar de uma tributação de 21,5%. Já se o resgate for entre os cinco e os oito anos, a taxa aplicada é de 17,2%. Após os oito anos, o este levantamento fica sujeito a uma taxa de 8,6%.
Se mantiver o PPR até à idade da reforma, ou o resgate ocorra dentro das situações legalmente previstas, então pagará uma taxa de apenas 8%.