Como construir uma poupança sólida em 2023

O primeiro mês do ano já passou, mas ainda vai a tempo de começar a construir uma poupança sólida em 2023.

Dinheiro Vivo
Como construir uma poupança sólida em 2023 (Imagem de arquivo) © INA FASSBENDER/AFP

O contexto económico atual - com o aumento generalizado dos preços e a subida das taxas de juro - tem apertado o orçamento das famílias e retirado o seu poder de compra. Por isso, tome nota de algumas dicas para solidificar as suas poupanças.

Leia também: Evite cair nestes erros para conseguir poupar

Defina um valor fixo mensal de gastos

Para poupar, a organização e o planeamento são essenciais. Por isso, comece por definir um valor fixo mensal de gastos. Este valor deve ficar ao critério de cada pessoa ou família, uma vez que, não só as despesas variam de caso para caso, como também os rendimentos são diferentes. Ainda assim, independentemente do valor, esta é uma opção que importa considerar por todos na hora de começar a construir uma poupança sólida.

Este primeiro passo vai ajudá-lo a gerir de forma mais consciente os seus gastos e até a compreender se algum deles é supérfluo. E assim vai poder tomar decisões mais conscientes e fazer escolhas. Muitas vezes os gastos mais pequenos e de menor valor não são considerados e, no final das contas, ocupam maior espaço no orçamento do que estava à espera.

Ainda assim, este passo não implica que se prive de despesas não essenciais. Veja aqui, por exemplo, 10 truques para poupar nas compras do supermercado. O importante é que os seus gastos sejam coerentes com o seu orçamento e se realizem de forma ponderada e consciente. Este é o plano para poupar 500 euros/ano em gasolina.

Programe uma poupança automática

Nos dias que correm, existem muitas soluções para poupar de forma mais eficiente. Através de aplicações móveis ou transferências automáticas disponibilizadas pelos bancos, é muito simples.

A ideia de criar uma poupança automática é que assim, dificilmente se aperceberá de que o montante que quer poupar saiu da sua conta. Para facilitar o processo, pode encarar este valor como se fosse uma despesa fixa que tem no orçamento, tais como pagar a renda ou a conta da água, por exemplo.

Esta é uma solução pode ser uma ajuda preciosa para quem te, mais dificuldade em termos de organização e disciplina.

Use a totalidade ou parte de "extras" que possam existir

Todos os orçamentos vão sendo ajustados ao longo do ano. Regra geral com o recebimento de subsídios de férias e de Natal, comissões, prémios, ou outros montantes que não estão previstos no valor base inicial, o rendimento de certos meses pode ser maior. Veja também o que fazer com o reembolso de IRS?

Estes extras podem ser uma ótima oportunidade para reforçar a sua poupança. Não precisa de os colocar de parte na totalidade, mas pelo menos uma percentagem desse montante deve ser para a poupança.

Reveja todos os seus encargos

Apesar de já ter estabelecido um montante fixo de despesas, a sugestão para uma poupança sólida é passar a "pente fino" todos os seus encargos.

É importante repensar se há cortes que podem ser feitos. Muitas vezes estes cortes podem resultar da mudança de alguns hábitos, como por exemplo levar o almoço de casa para o trabalho. Ao planear estas refeições terá, também, uma lista de compras mais rigorosa, ajudando-o a evitar comprar mais do que o necessário e, por consequência gastar mais.

Há ainda outros hábitos que importam repensar quando o objetivo é o de construir uma poupança, assim como a utilização de transportes públicos, quando possível, em vez do uso exclusivo do carro, ou ainda uma especial atenção às promoções na hora de fazer as compras de supermercado ou outros gastos.

Reveja também todos os seus contratos e serviços. Seja eletricidade, telecomunicações ou seguros, pode conseguir renegociar condições ou encontrar propostas mais vantajosas para si noutras operadoras. E se tiver crédito habitação, tente também renegociar as condições com o seu banco ou ponderar transferir para outro banco. Estes são os três cenários em que renegociar o crédito pessoal pode ser a melhor opção.

Estes "cortes" ou alterações vão fazê-lo ganhar folga orçamental e com esse dinheiro "que sobra" pode reforçar a sua poupança. Veja quais as dívidas que deve pagar o quanto antes.

Crie um fundo de emergência

Por muita organização que exista, é importante ter presente que os imprevistos acontecem. Seja uma avaria no carro, num eletrodoméstico, uma situação de doença, entre outros. O fundo de emergência serve para cobrir este tipo de situações com a quais não contava. Entre outros, estes são alguns dos exemplos mais comuns que justificam a necessidade de se munir desta segurança.

É aconselhável que este fundo de emergência tenha dinheiro suficiente para, pelo menos, pagar todas as suas despesas durante seis a doze meses.

Inicialmente pode parecer complicado e pode demorar algum tempo até ter uma almofada financeira confortável para acautelar possíveis imprevistos. Avalie bem a sua situação e perceba quanto poderá começar a colocar de parte. Podem ser apenas 10, 20 ou 30 euros e vai aumentando com o tempo. Cada situação é única, e deve ser avaliada como tal.

Leia também: 8 piores formas de poupar dinheiro

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