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A subida das Euribor nos vários prazos vai começar a ter impacto nos orçamentos familiares em breve, os quais já estão a ser pressionados pelo aumento de bens alimentares e da energia. O Dinheiro Vivo reuniu algumas das estratégias sugeridas pelo Doutor Finanças e pela Reorganiza para as famílias se precaverem para este impacto:
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- Para começar, têm de fazer contas e perceber exatamente quanto ganham e quanto gastam mensalmente. Só a partir desse momento é possível saber o que é preciso fazer;
- Definir prioridades e identificar despesas que não são essenciais, procurando ser muito criterioso nas despesas que poderemos cortar ou reduzir;
- Negociar as condições atuais do crédito com o banco, avaliando redução do spread, alargamento do prazo e redução de encargos associados, como os seguros;
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- Se o banco não apresentar condições que as pessoas considerem satisfatórias, podem procurar soluções alternativas a outras instituições;
- Podem analisar apenas os seguros, por exemplo, e transferir para outra entidade;
- Verificar se é possível consolidar créditos. Ou seja, se tiverem mais do que um contrato de crédito, juntar todos os empréstimos num só, reduzindo o encargo financeiro mensal;
- Definição de um programa de entregas programadas para uma conta poupança, criando um efeito escassez e facilitando a criação de hábitos de poupança.
Como Sara Antunes explicou ao Dinheiro Vivo, estas são as soluções mais imediatas e com um impacto mais significativo. No entanto, a diretora de comunicação e conteúdos do Doutor Finanças alerta que "é muito importante ter noção que, se a pessoa entrar em incumprimento, deixa de ter margem de manobra, já que apenas poderá negociar com a entidade onde tem o crédito que tem prestações em falta".
Já João Morais Barbosa reforça que "as famílias devem manter uma postura de prudência ou de conservadorismo, independentemente do ciclo económico. Aliás, não nos cansamos de alertar para a necessidade de poupança e de vivencia de acordo com as possibilidades dos orçamentos familiares, um alerta muitas vezes ignorado", lamenta o administrador da Reorganiza, consultora especializada nas áreas de crédito e seguros.