Se não forem contabilizados outro tipo de eventos, o Panteão Nacional já deu lugar a pelo menos nove - dos quais três só este ano - jantares antes daquele que decorreu no passado sábado pela 'elite' da Web Summit (o terceiro deste ano) e que gerou revolta nas redes sociais e motivou troca de críticas entre os partidos políticos.
A notícia é confirmada pela Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC) ao jornal Público. A entidade que gere o monumento histórico acrescentou que esta contabilidade deixa de fora outros eventos que decorreram ao longo do ano noutras zonas do Panteão, como o Coro Alto, a Sala Sul, o Terraço ou o Adro.
De acordo com os registos da DGCP, o primeiro jantar que ocorreu no Panteão foi em 2002, mas foi a partir de 2014 - altura em que foi assinado o despacho que regulamentava a realização de eventos naquele espaço - que começaram a planear-se mais acontecimentos do género no Corpo Central.
A diretora do Panteão, Isabel Melo, adiantou também à mesma fonte que foi rejeitado um pedido para a realização do réveillon no interior e imediações do monumento histórico.
Subscrever newsletter
Subscreva a nossa newsletter e tenha as notícias no seu e-mail todos os dias
António Costa, que classificou a iniciativa da Web Summit como "absolutamente indigna", também não escapa à polémica. Em setembro de 2013, o atual primeiro-ministro, que na altura era presidente da Câmara Municipal de Lisboa, usou o espaço do Panteão Nacional para um evento para promover o fado. O evento foi promovido pelo Turismo de Lisboa, uma associação de fins privados, mas cuja presidência é assumida, por inerência, pelo presidente da Câmara de Lisboa.