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A pandemia não acelerou apenas o comércio online, mas também fez subir o número de utilizadores de plataformas de ensino online, como a Coursera ou a Udemy. A conclusão é de um estudo feito pela gestora de ativos Sixty Degrees.
De acordo com os dados divulgados, a plataforma Coursera reportou um crescimento de 60% no ano passado, atingindo os 70 milhões de utilizadores. No caso desta plataforma, que tem parcerias com mais de 60 universidades em diversos países, os registos aumentaram 248%, totalizando 59 milhões de inscrições.
Vale a pena ressalvar que, no caso destas plataformas, os alunos podem aprender ao seu próprio ritmo, já que é possível assistir às lições on demand, quando for mais conveniente para o estudante.
Por região geográfica, as maiores percentagens de crescimento de estudantes foi registada na região Ásia Pacífico (uma subida de 70% em termos homólogos, para 21 milhões de estudantes) e na América Latina (um aumento de 69%, que totalizou 13 milhões de estudantes). Na Europa, a subida de estudantes foi de 48%, totalizando 13 milhões de utilizadores.
Já no caso da Udemy, que divulgou dados em abril de 2020, o aumento do número de inscrições foi superior a 425%, face aos registos de 2019.
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Este estudo da Sixty Degrees cita ainda o Global Online Education Market, que aponta que o crescimento anual do ensino online entre 2020 e 2025 poderá rondar os 9,2%, "passando de um valor de 188 mil milhões de dólares em 2019 para quase 320 mil milhões de dólares em 2025". Ou seja, cerca de 261 mil milhões de euros.
"A crescente adoção de soluções baseadas na cloud, a par dos elevados investimentos em segurança e fiabilidade das plataformas de educação online, têm facilitado a sua adoção ao nível dos utilizadores finais", é explicado, além da menção aos avanços em termos de inteligência artificial e o rápido crescimento da Internet das Coisas, vistos como "dois grandes catalisadores da melhoria da experiência dos alunos nestas plataformas.
Ensino online com algumas vantagens
Segundo estes dados, o ensino online tem um conjunto de vantagens que poderá favorecer o crescimento no futuro. Um dos exemplos dados é a "a forte redução de custos tanto ao nível das propinas dos alunos como dos gastos das próprias instituições educativas", seguido por uma maior conveniência para assistir às aulas em qualquer local e a qualquer hora.
Além disso, outro fator destacado é a possibilidade de cada pessoa aprender ao seu próprio ritmo, por oposição ao formato mais tradicional.
Por outro lado, estes dados também têm em conta algumas desvantagens associadas a este modelo de ensino, nomeadamente a aparente "evidência de que a aprendizagem online é menos eficaz em estudantes mais novos". Outro fator apontado como desvantagem está ligado à necessidade de acesso a tecnologia (computador ou tablet, Wi-Fi), além da dificuldade de replicar interação entre colegas e com professores.