O preço das casas no Algarve subiu 13% no terceiro trimestre, abaixo da média nacional, que ascendeu a 15,6%. Os números, divulgados esta terça-feira pelo Confidencial Imobiliário, confirmam a tendência que já se verifica desde o arranque do ano e têm um velho culpado: o brexit.
“A exposição do mercado residencial algarvio ao turismo (maior e mais prolongada que a registada em Lisboa ou Porto), com predominância dos compradores britânicos entre o público internacional, pode explicar este comportamento um pouco mais volátil, dado que este é um mercado em que os preços tendem a responder a racionais de investimento e turismo”, revela Ricardo Guimarães, diretor da Confidencial Imobiliário.
A subida dos preços residenciais no Algarve tem evidenciado desde o final de 2017, um comportamento errático, que resultou numa perda acumulada de valor de 4,5 pontos percentuais, até setembro. A nível nacional, no mesmo período, o percurso de subida consistente permitiu ao índice acelerar em 2,8 pontos e manter uma evolução homóloga posicionada acima do mercado regional.
A AHETA já tem vindo a alertar para a forma como o Brexit está a afectar o investimento em turismo residencial e, apesar de os promotores imobiliários terem confiança noutras nacionalidades, a verdade é que os britânicos são os maiores investidores neste segmento.
O eixo Albufeira-Loulé (Algarve Central) é o mercado mais importante do Turismo Residencial em Portugal, concentrando cerca de 44% da oferta imobiliária.